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Gestão de propriedade é foco em capacitação da metodologia Assistência Técnica e Gerencial
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Os técnicos de campo serão responsáveis pelo atendimento direto aos produtores rurais por meio de visitas mensais às propriedades agrícolas

20 de maio 2016
Por Senar

“Pesquisas demonstram que, hoje, a maior carência das propriedades rurais do Brasil é a gestão”, destacou o instrutor Erno Menzel, durante a capacitação da metodologia de assistência técnica e gerencial (ATeG), desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc). O treinamento iniciou na segunda-feira, (16/05), e segue até a próxima quarta-feira (25/05), no Hotel Lang Palace, em Chapecó.

Participam do curso 20 instrutores que atuarão como técnicos de campo em Santa Catarina. Cada técnico de campo será responsável por 25 propriedades, nas quais terá que realizar uma visita técnica e gerencial por mês durante dois anos. Com ênfase na metodologia do programa e na gestão da propriedade, o treinamento abordou aspectos técnicos e gerenciais.

Os técnicos de campo serão responsáveis pelo atendimento direto aos produtores rurais por meio de visitas mensais às propriedades agrícolas com o objetivo de transmitir conhecimentos relacionados à gestão da empresa rural e técnicas de manejo para as atividades desenvolvidas nas propriedades.

Menzel explicou que muitos empresários rurais sabem produzir, mas não conseguem desenvolver a gestão da produção e dos recursos que possuem. “A assistência técnica e gerencial do SENAR/SC tem essa diferença, ela oferece assistência de uma maneira continuada, todos os meses os produtores serão visitados e terão esse olhar voltado para a parte da gestão da propriedade”.

Esses técnicos orientarão os produtores de como calcular os custos de produção, gerar indicadores da propriedade e, principalmente, analisar esses dados e compreendê-los para que, na sequência, seja desenvolvido o planejamento estratégico conforme os pontos fortes e fracos de cada propriedade. “São raros os produtores brasileiros que conhecem de fato os seus custos de produção. Por isso, é fundamental esse planejamento para que, a partir disso, sejam aplicadas ações, que interfiram diretamente nas propriedades”, ressaltou Menzel.

Todos os dados levantados serão lançados em um software utilizado nacionalmente e que abriga informações completas de propriedades de todo o País. “Com essas informações é possível fazer comparativos e tomar decisões mais assertivas a partir desses parâmetros. “Os produtores são os que têm os melhores resultados econômicos e não os que produzem mais. A partir deste software os empresários rurais poderão ter exemplos para melhorar a sua rentabilidade”, finalizou o instrutor.

A expectativa do projeto é proporcionar aumento da produção, evolução na produtividade e no nível de gestão, além do incremento da renda liquida da propriedade e melhoria da qualidade do produto. “Cada propriedade receberá, no mínimo, uma visita mensal e terá avaliações trimestrais sobre o andamento do programa”, salientou o coordenador do programa no Senar/SC, Olices Osmar Santini.

Programa

O programa terá início no mês de julho e atenderá 855 produtores rurais em 62 municípios da região oeste por um prazo de dois anos. Cada Sindicato Rural selecionará 25 produtores. Para isso serão necessários 34 técnicos de campo, dois supervisores regionais, um coordenador estadual, consultores master e instrutores de Formação Profissional Rural (FPR). De acordo com Santini, “será elaborado um monitoramento individual da execução e dos resultados alcançados”.

De acordo com o superintendente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, a assistência técnica e a extensão rural são serviços fundamentais no processo de desenvolvimento rural, pois promovem a educação no âmbito agropecuário, adequando o conhecimento obtido com a vivência no meio rural. “O programa procura adaptar-se ao novo modelo de desenvolvimento sustentável, que exige profissionais diferenciados, que possuam conhecimento a respeito das novas tecnologias, mas que também saibam trabalhar com as questões sociais, institucionais e ambientais”, observou.

Assessoria de Comunicação do SENAR/SC
www.senar.com.br

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