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Senar discute desafios para expansão da Assistência Técnica e Gerencial
Assunto foi tema do Encontro de Coordenadores da ATeG, que terminou na sexta (22)
Brasília (22/03/2024) – No segundo dia do Encontro de Coordenadores da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), na sexta (22), em Brasília, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) discutiu os principais desafios e o papel dos profissionais da ATeG na expansão da metodologia e no atendimento dos produtores rurais brasileiros.
Pela manhã, o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, participou do encontro e fez um panorama das ações do Senar, explicando a evolução do atendimento ao produtor até chegar à assistência técnica. Carrara falou da importância do processo educacional contínuo no campo e ressaltou que para o setor continuar se desenvolvendo é necessário investir também em gestão e inovação.
“Estamos trabalhando para avançar nos próximos anos e chegar a 1 milhão de produtores atendidos, mas precisamos da ajuda de vocês para ampliar a cobertura de atendimento nos estados”.
De acordo com o diretor-geral, o próximo desafio do Senar é investir em inovação. “Vamos entrar na área da inovação para desenvolver a classe média rural porque precisamos de tecnologia para reduzir os custos de produção e gerar mais renda para os produtores rurais”.
Os coordenadores da ATeG também apontaram a inovação, aliada à assistência técnica, como meio para ampliar a produtividade no campo e melhorar a renda do produtor.
“Temos a responsabilidade de continuar fazendo esse trabalho bem feito e levar a assistência técnica para o maior número de pessoas com a missão de levar inovação também, que é muito importante para auxiliar os produtores no desenvolvimento de suas atividades e na melhoria contínua de todo o setor agropecuário do Brasil”, afirmou Paula Araújo Dias, de Santa Catarina.
Jair Kaczinsk, coordenador da ATeG em São Paulo, falou que o estado atendeu 800 propriedades em 2023, primeiro ano de aplicação da metodologia, com viabilidade de aumentar ainda mais os atendimentos esse ano.
Ele afirmou que o estado está no caminho certo e que a inovação é fundamental para o produtor atendido pela ATeG. “A inovação é a forma desse produtor ter renda para poder comercializar e crescer no negócio. Ele vai receber a tecnologia, formatar dentro da sua propriedade e ter acesso ao mercado”.
À tarde, os participantes ouviram experiências das administrações regionais de Goiás, Bahia e Alagoas em projetos e ações nos estados.
Conversa com produtores - Os coordenadores também conversaram com dois produtores atendidos pela ATeG. Um deles é José Severiano Walendorff, produtor de cachaça na região do PAD-DF, em Brasília.
O produtor explicou que começou a fazer cachaça há pouco mais de um ano, depois que se aposentou, e a assistência técnica tem auxiliado principalmente nas tomadas de decisão.
“A ATeG encurta o caminho porque direciona para onde seguir, daí você tem uma resposta mais rápida e ganha tempo para ir fazendo as coisas, porque ainda estou começando. A assistência técnica é muito conhecimento e confiança. Ajudou bastante nesse um ano”.
A produção da cachaça ‘Padefiana’, de Walendorff, está na fase de tirar o registro para iniciar a comercialização.
Outro produtor assistido pelo Senar é Gervaso Oliveira, de Alexânia (GO). A ATeG entrou na vida dele ainda na pandemia, quando criava gado de leite e o produto passou a ser usado na produção dos queijos que ele comercializa no município goiano e em Brasília.
“Para nós a assistência técnica é tudo, para nosso crescimento. Foi nosso divisor de águas e foi através dela que houve toda a mudança. Não existe ponto negativo, só positivo”.
Ele é um dos produtores que participaram da campanha do Senar “Agro. Do pequeno ao grande, do campo pra você” em 2023. Saiba mais sobre a história dele: https://cnabrasil.org.br/noticias/madrugadas-superacao-e-o-proximo-degrau