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Soja em Chicago dá continuidade às boas altas nesta 3ª feira com chuvas e frio no Corn Belt
Por: Notícias Agrícolas
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago dão continuidade às altas registradas na sessão anterior e, nesta terça-feira (2), por volta das 7h40 (horário de Brasília), as principais posições subiam entre 7,25 e 8,75 pontos. Assim, o maio/17 valia US$ 9,67 por bushel e o novembro/17, referência para a safra americana, era negociado a US$ 9,71.
O clima nos Estados Unidos tem sido o protagonista nesta semana no mercado futuro norte-americano, que vem registrando baixas temperaturas, neve em alguns etados produtores e mais chuvas chegando ao Corn Belt. No último final de semana, Kansas, Illinois, Indiana e Missouri receberam mais de 100 mm de chuvas.
Assim, na sequência o mercado deverá continuar a acompanhar as condições de clima e mais as especulações para a próxima semana, uma vez que maio é o mês mais importante para o plantio da soja. Até o último domingo (30), a semeadura da oleaginosa estava concluída em 10% da área.
"O padrão climático bastante úmido e com temperaturas abaixo da média, sobre o Cinturão Agrícola, coloca pontos de atenção na progressão de safra dos Estados Unidos – agora em plantio. As previsões para os próximos 5 dias continuam adicionando novas rodadas de chuvas significativas para as mesmas regiões – Cinturão Agrícola, em específico ao Missouri e sul de Illinois, Indiana e Ohio. Um cenário climático mais favorável é esperado ao fim desta semana (a partir do dia 5 de maio)", explica a a AgResource Brasil (ARC Brasil).
Atenção ainda à demanda, com um bom número de embarques reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta segunda-feira (1) e ao caminhar do dólar, tanto no exterior quanto frente ao real. Na manhã de hoje, era registrada uma leve baixa de 0,07% para o dollar index, valendo 98,91 pontos.
Para Vlamir Brandalizze, consutlor de mercado da Brandalizze Consulting, essas notícias de clima adverso para o plantio nos EUA podem trazer importantes oportunidades para o produtor brasileiro. A semedura da soja, afinal, está no início e "a partir do momento em que o clima melhorar e ele (produtor americano) puder plantar, ele vai plantar. Ele tem uma capacidade de máquinas para plantio para fazer todos os 36 milhões de hectares previstos em duas semanas", diz.
Com isso se confirmando, o estímulo de novas altas para os preços acaba perdendo força e o momento pode passar. O momento é, portanto, de atenção. A expectativa de Brandalizze, para esta terça, é de que o mercado disponível nos portos já indique referências melhores em relação às últimas semanas - na casa dos R$ 70,00 por saca - bem como se espera também melhores condições sendo observadas no interior do Brasil.