Projeto Campo Futuro faz levantamento de custos de Gado de Corte em 27 municípios de 4 estados
Brasília (26/07/2016) – Produtores de gado de corte de 27 municípios dos estados da Bahia, Goiás, Pará e Minas Gerais participaram, neste ano, do Projeto Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceira com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O projeto levantou custos de produção da atividade, para auxiliar os pecuaristas na administração de gastos, riscos de preços e gerenciamento da propriedade rural, além de subsidiar ações de políticas públicas específicas para a atividade.
As coletas das informações em campo ocorreram por meio de painéis, com a participação de produtores, técnicos do setor e de revendas agropecuárias, sindicatos e associações rurais e representantes de federações da agricultura e pecuária. Foram levantados dados técnicos sobre o rebanho, nutrição e sanidade dos animais, com o preenchimento de planilha de custos da bovinocultura de corte.
Campo Futuro em Carlos Chagas
Campo Futuro em Uberaba
A equipe de pesquisa visitou 27 municípios de quatro estados: Bahia (Barreiras, Wanderley, Feira de Santana, Itapetinga e Itamarajú), Goiás (Jussara, Nova Crixás, São Miguel do Araguaia, Porangatu, Niquelândia, Goiânia, Rio Verde, Mineiros, Jatai, Itarumã e Catalão), Pará (Paragominas, Altamira, Marabá, São Felix do Xingu, Redenção e Santana do Araguaia) e Minas Gerais (Montes Claros, Carlos Chagas, Uberaba, Uberlândia e Santa Vitória).
Na última semana, o Campo Futuro esteve em Minas Gerais, onde os pecuaristas têm aproveitado os bons preços da arroba para garantir rentabilidade e pagar os custos. De acordo com o assessor técnico da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Rafael Linhares, o produtor mineiro está atento à reforma de pastagens, sobretudo na adubação de áreas. “Isso aumenta a capacidade de suporte dos pastos, tanto no período chuvoso, quanto na seca e no cocho, com uso de suplementação mineral e proteica”, afirmou o assessor.
Outro ponto destacado no painel foi a competição de área de pastagens destes municípios mineiros com a produção de cana-de-açúcar. “As áreas mecanizadas estão sendo assediadas por usinas, que arrendam parte das fazendas, ofertando ao pecuarista uma renda superior a da pecuária de corte, que se bem aproveitada, pode ser utilizada em investimento dentro da própria fazenda”, concluiu Rafael.
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