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El Niño será fraco no segundo semestre
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8 de maio 2017
Por CNA

Por: SOMAR METEOROLOGIA

Com o término do La Niña, que é o resfriamento das águas do Pacífico equatorial, o que se vivencia agora é um período de transição. De acordo com a Agência Americana de Meteorologia e Oceanografia (NOAA) e o Instituto Internacional de Pesquisas (IRI, na sigla em inglês), da Universidade de Colúmbia, a atmosfera se mantém em neutralidade climática e deverá continuar assim até o fim do primeiro semestre de 2017, embora a temperatura do Oceano Pacífico equatorial permaneça mais elevada do que o normal.

Além disso, a maior parte das simulações meteorológicas mantém o aquecimento sobre o Pacífico equatorial central com cenário de configuração de El Niño no segundo semestre de 2017. Apesar disso, não há expectativa de um fenômeno de forte intensidade como o que aconteceu entre 2015 e 2016.

“Aliás, ao mesmo tempo em que o Pacífico central vai esquentar, a simulação da NOAA indica que o Pacífico leste ficará menos quente, gerando um fenômeno El Niño Modoki, ou seja, um aquecimento diferenciado de menor intensidade na área leste do oceano”, explica Celso Oliveira, meteorologista da Somar Meteorologia.

No Brasil, embora as previsões indiquem chuvas persistentemente acima da média para o centro e o sul do país, a primavera normalmente é caracterizada pela posição da corrente de jato mais ao sul, entre a Argentina e o Uruguai. “E o aquecimento diferenciado manterá o vento em altitude sobre essa região. Isso significa que a volta da chuva na primavera tende a ser irregular, o que aumenta o risco de replantio ou atraso, especialmente da soja precoce”, destaca Celso. Diferentemente do outono e do inverno, quando o aquecimento do Pacífico ajudará na manutenção e até mesmo intensificação das chuvas sobre o centro e o sul do Brasil.

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