ALIMEN T AN D O O B R A SILEIRO

Colheita dos grãos de verão avança no Rio Grande do Sul
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31 de março 2017
Por CNA

Por: Emater/RS

A colheita da soja avança de forma significativa no Rio Grande do Sul e atinge 35% da área cultivada. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, no momento é grande a variação de produtividade entre as áreas colhidas, com a média muito superior à estimada recentemente, situando-se entre 65 e 75 sacas de 60 kg por hectare, sendo que em determinadas áreas, produtores citam extremos entre 48 e 94 sacas (de 60 quilos). Devido a pouca chuva registrada nos últimos períodos, algumas lavouras apresentam vagens maduras, grãos com umidade abaixo do ideal e hastes com folhas verdes, o que prejudica a colheita. Atualmente, 49% das lavouras de soja estão maduras e por colher e 26%, em enchimento de grãos.

No milho, a colheita segue em ritmo um pouco mais lento devido ao deslocamento das máquinas e estruturas de beneficiamento para a cultura da soja. Mesmo assim alcança o percentual de 70% da área plantada, com 20% maduras e por colher e 10% das lavouras em enchimento de grãos. Nas demais áreas, seguem os trabalhos de monitoramento de pragas e moléstias, além do controle de invasoras.

A colheita do feijão primeira safra nos Campos de Cima da Serra, última região que cultiva essa leguminosa mais no tarde, já atinge 50% da área. O rendimento está superando as expectativas iniciais, com a média acima dos 2.400 quilos por hectare. O clima está bom para a colheita, resultando grãos de ótima qualidade.

Já o feijão 2ª safra ou safrinha, plantio está quase encerrando e no momento as fases principais são as de desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos. O aspecto geral da cultura é normal. As condições meteorológicas da semana, com boa radiação solar e temperaturas mais altas do que na semana anterior, foram favoráveis para o seu desenvolvimento. Grande parte da safrinha do RS é cultivada pela agricultura familiar, para autoconsumo e venda direta ao consumidor através de feiras ou encomendas.

No arroz, a colheita alcança 49% da área plantada, se aproximando da média dos últimos anos. As produtividades obtidas seguem ao redor dos 8 mil kg/ha, com bom rendimento no engenho. Todavia essa marca provavelmente diminuirá tendo em vista os problemas enfrentados na implantação das lavouras durante o mês de outubro, quando a umidade foi excessiva devido às chuvas ocorridas naquele período.

Criações
Forrageiras - As condições climáticas neste início de outono no Rio Grande do Sul se caracterizam por temperaturas amenas na parte da manhã, se elevando à tarde. Houve bom volume e distribuição de chuvas durante o verão, aumentando a umidade do solo necessária para o desenvolvimento do campo nativo, na maioria das regiões. Assim, de maneira geral, há boa disponibilidade de forragem para os animais, com o desenvolvimento das pastagens nativas e cultivadas. As culturas de sorgo e milho destinadas à produção de silagem, que estão na fase final de ciclo, apresentam bom desenvolvimento, fato que aponta para a produção de silagem de boa qualidade, com rendimentos de 40 a 45 t/ha. Durante a semana com tempo mais seco, intensificou-se o processo de silagem nas propriedades.

Piscicultura
Período de preparo para a comercialização de peixes na Semana Santa, época de maior movimento da atividade. Em alguns municípios, as feiras têm sido feitas nas propriedades, com ótima aceitação e bons volumes de comercialização, especialmente de carpas grandes, o que tem gerado uma importante renda extra aos agricultores. De forma geral espera-se uma boa comercialização de pescado na Semana Santa, com o aumento da demanda e consequente consumo. Os piscicultores deverão emitir uma guia de transporte animal (GTA), para transportar o pescado de suas propriedades até os locais das feiras.

Os Escritórios Regionais da Emater/RS-Ascar estão realizando levantamento de informações sobre eventos sociais e de comercialização do peixe na Semana Santa, o que permitirá estimar a quantidade que será comercializada no período.