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Saca do milho é cotada a R$ 17,00 em Maringá (PR) e não cobre os custos
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28 de julho 2017
Por CNA

Por: Notícias Agrícolas

Cerca de 50% da área cultivada com o cereal já foi colhida na região. Rendimento atual está próximo de 80 sacas do grão por hectare. Boa parte da safra de soja ainda precisa ser negociada na localidade. Preços estão próximos de R$ 60,00 a saca. Produtores já realizam o planejamento da safra de verão. Alguns negócios foram fixados a R$ 65,00 a saca da oleaginosa.
Confira a entrevista com José Antônio Borghi - Pres. Sind. Rural-Maringá/PR

José Antônio Borghi, presidente do Sindicato Rural de Maringá (PR), conta que a colheita do milho safrinha na região tem evoluído de maneira lenta, apesar de o clima estar favorável. Os produtores têm dificuldade de entregar o produto. Ele acredita que 50% da produção tenha sido colhida na região.

A produtividade deve ser melhor no ano passado, que teve alguns problemas climáticos. A média da produção fica entre 80 a 100 sacas por hectare, embora este número tenha começado em 120 sacas. O presidente visualiza que, ao final da safra, a média deve ser de 80 a 90 sacas por hectare.

Em função da queda drástica dos preços logo depois do plantio, o produtor "tirou um pouco o pé" dos investimentos na lavoura, o que influenciou na produtividade final.

No balcão das cooperativas, o preço gira em torno de R$17, o que não cobre os custos de produção. A grande maioria dos produtores, de acordo com a visão do presidente, é obrigado a fechar suas contas neste momento, vender a safra e encerrar no vermelho.

Boa parte da safra ainda não foi comercializada. Borghi destaca que apenas 20% a 30% da safrinha foi vendida até o momento.

O planejamento para a próxima safra já começou, com um pouco mais de cautela, já que os preços da soja na região giram em torno de R$60. O momento é de olhar para os custos e fazer uma safra de verão que traga rentabilidade.

Até o momento, ainda há muita soja estocada, o que gera uma dificuldade para armazenar a colheita de milho safrinha. Empresas, cooperativas e produtores vêm colocando produção em silos bolsa para liberar espaço.