Desempenho do ovo em maio e no ano de 2017
Por: AviSite
Após ter atingido, em abril, seu maior valor nominal de todos os tempos, em maio o ovo não conseguiu manter aquele nível ou, mesmo, o dos meses anteriores. Ao contrário, registrou no período a menor média de preços do quadrimestre fevereiro-maio.
No mês, os melhores momentos do ovo foram observados nas semanas pré e pós Dia das Mães. Mas sem que se atingissem os valores alcançados em abril, especialmente nos dias que antecederam a Páscoa, ocasião em que muitos negócios realizados no atacado paulistano chegaram a superar os R$100,00/caixa.
Aparentemente, o produto sofreu os efeitos da famosa delação premiada de 17 de maio que, de uma forma ou outra, afetou todos os produtos de origem animal. E, neste caso, o que se viu com maior intensidade foi a retração do consumo, situação que levou à sobreoferta. Sem, porém, que se retrocedesse aos níveis dramáticos observados em janeiro, mês em que foi registrado o menor valor nominal em quase um ano e meio.
A realidade é que, mesmo tendo retrocedido mais de 8,5% em relação ao mês anterior, os preços registrados em maio ficaram perto de 15% acima do que foi registrado em maio de 2016. E, na média dos cinco primeiros meses, alcançam valor médio – R$81,52/caixa, se consideradas cargas fechadas do ovo branco extra negociadas no atacado da cidade de São Paulo – 8% acima da média registrada nos 12 meses de 2016 (R$75,43/caixa).
A registrar, ainda, que a despeito do bom desempenho no decorrer de 2017, o ovo vem apresentando comportamento que se insere totalmente naquele observado em sua curva sazonal de preços. Ou seja: pela curva sazonal (média dos últimos 16 anos) deveria alcançar, em maio, valor 9,3% superior ao preço médio do ano anterior. O resultado efetivo acusa preço 10,6% superior à média de 2016, quer dizer, 1,4 ponto percentual acima do esperado.
E já que a curva sazonal vem sendo seguida muito de perto, resta torcer para que esse comportamento se mantenha também no decorrer de junho corrente. É que, normalmente, após as baixas de maio (segundo menor preço do primeiro semestre, acima apenas dos preços de janeiro), o ovo volta a experimentar valorização. No ano passado, por exemplo, junho foi fechado com ganho de quase 18% em relação a maio. Que isso se repita agora, em junho de 2017.