Desempenho do frango vivo na 1ª semana de fevereiro
Por: AviSite
Embora tenha encerrado o período sem qualquer alteração na cotação referencial – R$2,50/kg, valor que vem desde 19 de janeiro e que, portanto, completou no sábado, 4, dezessete dias de vigência – nos quatro primeiros dias de negócios de fevereiro o mercado paulista do frango vivo mudou da água para o vinho.
Abriu o mês negociado nas mesmas condições observadas durante todo o transcorrer de janeiro: com a oferta – engrossada por produto vindo das integrações – excedendo a demanda e, por isso, sujeita a preços inferiores ao referencial.
Essa situação persistiu na quinta-feira, 2, mas no dia seguinte – dia de poucos negócios em São Paulo, já que as sextas-feiras estão reservadas às vendas às avícolas, compradores de menor porte – o ambiente de negócios se tornou calmo, denotando melhor adequação entre oferta e procura.
Dito e feito. Pois, no encerramento da semana (sábado), as negociações visando ao frango que está sendo abatido nesta segunda-feira, 6, transcorreram em terreno firme – sinal de reativação dos preços no decorrer desta semana.
Até aí, nada de anormal ou fora do esperado. O período é, não só, de pagamento dos salários, mas também de retorno parcial da população às atividades rotineiras (início do ano letivo). Com ele, o consumo volta a aumentar.
Sob esse aspecto, aliás, repete-se o ocorrido no ano passado quando, após fortes recuos em janeiro e mal passado o Carnaval (9 de fevereiro), o preço do frango voltou a se recuperar. Então, permaneceu com o preço estável por quase 60 dias, até o início de abril.
Neste ano, porém, há um novo fator a estimular o mercado: as exportações. Que, influenciadas ou não pelos casos externos de Influenza Aviária, em janeiro já deram mostras de que estarão bastante ativas no decorrer de 2017. E se isso ajuda a enxugar a oferta interna também acaba tendo efeitos psicológicos sobre a demanda interna.
Mas pode ser, também, que a presente virada seja decorrência, apenas, de um menor alojamento de pintos de corte. Afinal, estamos no momento a 42-45 dias do auge das festas natalinas, período em que, tradicionalmente, a avicultura se retrai não só no abate de frangos, mas também na produção e no número de pintos de corte alojados. E se isto for verdade, espera-se, ao menos, que os alojamentos posteriores (início de janeiro) tenham se mantido dentro das possibilidades do mercado.