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Em Santa Catarina, CNA debate mercado de carnes
BL CHAPECO

Diretor técnico, Bruno Lucchi, esteve em encontro em Chapecó (SC)

10 de abril 2024
Por CNA

Brasília (10/04/2024) – O diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, participou na terça (9), em Chapecó (SC), do 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA). O evento é promovido anualmente pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet).

Lucchi abordou o tema ““Cenários e perspectivas para o mercado de carnes”, em que falou sobre o panorama das cadeias produtivas de carne bovina, suína e de aves, as vantagens competitivas do Brasil e os desafios deste setor.

O diretor lembrou alguns fatores que influenciaram os preços das carnes nos últimos anos, como a Peste Suína Africana (PSA) na China, a pandemia da Covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia, que contribuíram para a distorção do mercado e o aumento da demanda de maneira artificial.

Para explicar o contexto de como o Brasil enfrentou essas adversidades, Lucchi utilizou indicadores como exportações brasileiras de carnes, preços no atacado e valores pagos aos produtores, evolução do consumo per capita e crescimento na produção.

Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA

Como potencialidades brasileiras na produção de carnes, Lucchi enfatizou aspectos como disponibilidade de oferta, forte atuação no mercado internacional e custo de produção menor. No entanto, ressaltou, a oferta mundial e doméstica de milho e soja também podem direcionar os preços.

O diretor técnico da CNA também destacou como vantagem brasileira a questão sanitária, citando o trabalho realizado pelo Brasil no combate à febre aftosa. “Estamos caminhando para ser área livre de febre aftosa sem vacinação, faltando apenas quatro estados retirarem a vacina”. Ele mencionou, ainda, as ações para evitar a Peste Suína Clássica (PSC) e a Influenza Aviária.

Entre os desafios futuros do setor, Lucchi citou questões como a reforma tributária, a pressão sobre as margens dos produtores, a sanidade e a regulamentação da Lei de Autocontrole e o protecionismo internacional.

Segundo o diretor técnico, dependendo do texto da reforma tributária que for aprovado, ele pode resultar em aumento de custo para o produtor rural, para a indústria e para o consumidor.

“Trabalhamos para que isso não ocorra porque vai na contramão do que o mundo tem feito, que é dar tratamento diferenciado para o agro, garantido a segurança alimentar dos brasileiros”, justificou.