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Volumes exportados de suco de laranja recuaram 16% nos oito primeiros meses da safra
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15 de março 2017
Por CNA

Por: CitrusBR

As exportações brasileiras de suco de laranja congelado concentrado equivalente 66º Brix fecharam em queda no acumulado dos primeiros oito meses da safra, entre julho/2016 e fevereiro/2017. De acordo com dados da Secex, nesse período os volumes embarcados fecharam em 605.498 toneladas, redução de 16% em relação ao mesmo período da safra passada, encerrada em 720.834 toneladas. Em relação à receita, os embarques acumularam queda de 7%, com um total de US$ 1.091 bilhão. “Observando as exportações para os principais destinos, percebemos que a União Europeia puxou os números para baixo”, ressalta o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.

Os volumes destinados à União Europeia, principal destino do suco de laranja brasileiro com 66.7% de participação, somaram 380.199 toneladas, queda de 24%. Em receita, o bloco econômico fechou em US$ 686,5 milhões, recuo de 16% ante o mesmo período da safra anterior.

A boa notícia ficou por conta dos Estados Unidos, que registraram uma leve alta de 5% em relação ao volume, com um total de 133.856 toneladas e aumento de 23% na receita, com US$ 244,1 milhões. Contudo, o cenário continua preocupante para aquele mercado. Os últimos dados divulgados pela Nielsen mostram novo recuo no consumo de suco de laranja no país. Segundo o relatório, as vendas no varejo americano caíram 7,4% nas últimas quatro semanas encerradas em 18 de fevereiro. Do lado da oferta, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) voltou a reduzir a estimativa para a safra de laranjas na Flórida, principal região produtora daquele país. Dessa vez a previsão é de uma colheita de 67 milhões de caixas de 40,8kg, redução de 4,3% em relação à estimativa divulgada em fevereiro.

Já na Ásia, temos dois cenários diferentes. No Japão o volume embarcado fechou o período com uma queda acentuada de 32%, somando 20.154 toneladas. A receita foi de US$ 39,9 milhões, recuo foi de 29%. Já na China os volumes registraram alta de 17%, com 21.395 toneladas. A receita teve alta de 22%, com faturamento de US$ 38,7 milhões.