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Uma oportunidade de formar futuros profissionais
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Ex-participante do Jovem Aprendiz é gerente de RH de uma das maiores empresas de produção e exportação de mamão Papaya do Brasil

5 de junho 2017
Por Senar

Jovem Aprendiz não é apenas uma obrigação das empresas, mas um catalisador de novos profissionais. Esta é a opinião de Leandro Reis Santos, que aos 16 anos participou do programa do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (SENAR/ES) e hoje, aos 29, se tornou gerente de Recursos Humanos da Caliaman Agrícola S/A, uma das maiores empresas de produção e exportação de mamão Papaya do Brasil. Confira a entrevista completa a seguir.

Quando decidiu participar do Jovem Aprendiz?
Uma pessoa do conselho tutelar me procurou junto com minha família e nos falou do programa, foi quando decidi participar do processo seletivo. Nesta época eu estudava nos finais de semana trabalhava numa lanchonete. O programa abriu minha mente, até então nem sabia o queria ser profissionalmente.

Como foi o curso para Jovem Aprendiz?
O programa foi dividido em seis meses de teoria e outros seis de prática. Na parte teórica tivemos módulos de Matemática Básica, Português, Ética e Cidadania, Fruticultura Básica, Irrigação, Viveiro e Administração Rural. Na parte prática foram desenvolvidas atividades rurais na produção de Mamão Papaya.

O que representou para você participar de uma Formação Profissional Rural?
Foi minha primeira experiência profissional, foi uma base para que eu conseguisse trilhar minha trajetória profissional. Na época era muito difícil conseguir uma primeira oportunidade de emprego, a maioria das empresas queria pessoas com experiência.

E que rumos deu a sua vida profissional após o término do programa?
Logo que acabei o Jovem Aprendiz fiz um curso de computação e rotinas administrativas, o que também me ajudou a conquistar a vaga de auxiliar de RH na Caliman, onde fiquei por três anos, me desenvolvi e iniciei minha graduação em Administração de Empresas. Recebi uma proposta de emprego que considerei melhor na época e fui atuar em um grupo de concessionária de veículos, onde fiquei por seis anos e foi uma experiência incrível. Neste período terminei minha graduação e fiz pós-graduação em Gestão de Pessoas.

Explique um pouco de seu trabalho atualmente.
Hoje eu sou o Gestor responsável pelo setor de Recursos Humanos da empresa na qual participei do Programa Jovem Aprendiz. Tenho uma equipe de seis pessoas e somos responsáveis por toda a parte trabalhista, contratação de mão de obra, folha de pagamento, saúde e segurança do trabalho.

Sua experiência como Jovem Aprendiz do SENAR o ajudou na profissão atual?
Sim, quando participei do programa não fui efetivado no término do contrato, mas um ano depois fui chamado para retornar como Auxiliar no setor de Recursos Humanos, e essa convocação foi feita pelo meu histórico durante o programa. Foi a partir daí que me desenvolvi profissionalmente e me qualifiquei na área.

Quais são as competências necessárias para participar do Jovem Aprendiz?
As competências dependem da empresa, aqui observamos o interesse do jovem pela agricultura, além disso, para o jovem participar é exigida a comprovação de que esteja matriculado e frequentando a escola, além de atender a faixa etária exigida pelo governo. Na empresa Caliman, onde atuo, estruturamos turmas mais homogeneas possíveis, e selecionamos candidatos entre 15 e 16 anos de idade.

Da trajetória que teve no programa Jovem Aprendiz, do SENAR, o que mais gostou? E qual foi a importância dele em sua vida?
Eu gostei muito do conteúdo lecionado e me lembro até hoje em meu dia a dia, mesmo que minhas atividades agora estejam ligadas à área Administrativa. Eu participo das reuniões de produções com Técnicos e Engenheiros Agrônomos e consigo entender suas demandas.
O programa abre muitas portas para os jovens ingressarem no mercado de trabalho. Hoje muitas empresas não enxergam mais o programa como uma exigência do Ministério do Trabalho e sim uma oportunidade de formar futuros profissionais para serem aproveitados dentro das empresas.

Conhece outros jovens que, assim como você, são casos de sucesso do Jovem Aprendiz?
Tem alguns casos de sucessos além do meu, tenho um primo que se chama Maxsuel, que fez o programa junto comigo, estudou, se formou em contabilidade e hoje atua na parte fiscal de um grande empresa de alimentos de Linhares. Além dele, tem um assistente que trabalha aqui comigo e também participou do programa. Ele foi efetivado, fez Administração de Empresas e está até hoje na Caliman.

Tem alguma dica para quem deseja ser Jovem Aprendiz?
Assim como tem casos de sucessos também tem o contrário, tem alguns colegas de turma do programa que não se desenvolveram, preferiram seguir outros caminhos. Um dia eu sonhei em estar onde estou, os obstáculos vinham acompanhados da vontade de desistir, mas eu tinha a clareza do que eu queira e que não iria ser fácil. Então meu recado para os futuros Jovens Aprendizes é que eles tenham sempre a clareza do que eles querem para as vidas deles e estar sempre se autoavaliando e se perguntando o que falta para eu evoluir? É um curso? É ler mais sobre determinado assunto? Nunca desistir, acho que a persistência é a grande responsável por minha trajetória.

Assessoria de Comunicação do Sistema FAES/SENAR-ES
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