SENAR recebe grupo de apoio à agricultura de baixo carbono
Encontro debateu importância da assistência técnica para a produção com baixa emissão de gases de efeito estufa no meio rural
A Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) foi apresentada como alternativa às ações da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura - movimento formado por empresas, entidades e organizações da sociedade civil para a promoção de uma economia de baixo carbono no Brasil. O assunto foi debatido por integrantes do grupo e representantes do SENAR, do Ministério da Agricultura e da Agência Nacional de Assistência Técnica Extensão Rural (Anater) nesta quinta-feira (27/4), em Brasília.
Na avaliação da Coalizão Brasil, a assistência técnica e a difusão de tecnologia no meio rural são fundamentais para a implementação de uma agricultura de baixa emissão de carbono e o cumprimento da NDC brasileira (contribuição nacionalmente determinada, sigla em inglês) no Acordo de Paris. A reunião buscou identificar formas de atuação em conjunto e alinhar medidas para o fortalecimento das organizações de assistência técnica e extensão rural, as ações de capacitação e a transferência de tecnologia.
Dentro dessa perspectiva, o trabalho desenvolvido pelo SENAR poderia apoiar a adoção de técnicas como a recuperação de pastagens degradadas, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e a recuperação/restauração florestal. Presente em 23 estados e com mais de 2,5 mil técnicos e supervisores capacitados, a ATeG do SENAR atende atualmente mais de 60 mil produtores no Brasil.
“Desde 2013, o SENAR incluiu a assistência técnica em seu portfólio de serviços. Já estamos com a nossa metodologia pronta e gerando resultados, mas precisamos de mais parceiros para darmos capilaridade nessas ações. Muita coisa já vem sendo feita no Brasil em assistência técnica voltada à implantação de tecnologias sustentáveis, mas é necessário destacar os modelos que dão certo para buscar mais recursos, além de facilitar o acesso ao crédito rural pelos produtores”, declara o coordenador nacional de ATeG do SENAR, Matheus Ferreira.
Segundo a coordenadora da Coalização Brasil, Luana Maia, o movimento identificou que o maior gargalo para a expansão do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) é a falta de assistência técnica. Além disso, ela ressalta que será impossível realizar a restauração de 12 milhões de hectares (compromisso acordado pelo Brasil no Acordo de Paris) sem investimentos na área. “A assistência técnica é um assunto transversal para o cumprimento das metas que o Brasil assumiu internacionalmente e o SENAR pode contribuir muito nesse aspecto. Nesse novo modelo que propomos, o casamento perfeito é conciliar produção com conservação”, explica.
O presidente da Anater, Valmisoney Moreira Jardim, ressalta a pertinência do tema e a importância de se estabelecer um diálogo entre empresas, entidades e o Governo. Na opinião dele, o SENAR também poderá contribuir com o desafio que a Anater tem pela frente no Brasil. “A nossa meta é capacitar 200 mil produtores somente em 2017. Hoje, o SENAR é um órgão presente em todo o País e pode nos auxiliar nesse trabalho. É extremamente importante alinhar produção com preservação e conservação”.
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