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CNA e entidades do agro debatem comércio internacional com embaixador da China
Videoconferência reuniu representantes de associações e do Ministério da Agricultura
Brasília (21/08/2020) – O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, e representantes de entidades do setor agropecuário foram convidados pelo embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, para debater, em uma videoconferência na quinta (20), o comércio entre os dois países.
Além de avaliar o impacto da pandemia para o comércio de produtos agropecuários entre Brasil e China e o futuro da cooperação bilateral no setor, a reunião serviu para que os participantes pudessem discutir formas de fortalecer a cooperação entre os países.
O presidente da CNA destacou a importância que o mercado chinês tem para o agro brasileiro e o potencial para ampliação das exportações. Segundo João Martins, a entidade vem fortalecendo a sua área internacional e promovendo ações para que o Brasil possa diversificar a sua pauta de exportações com produtos lácteos, peixes, frutas e mel, entre outros. Uma dessas iniciativas foi a abertura de um escritório da Confederação em Xangai.
"Precisamos inserir mais produtores nessa boa relação com a China", afirmou João Martins.
Uma análise feita pela CNA com base nos dados divulgados pelo Ministério da Economia mostra que a China foi, de janeiro a julho, o principal importador de produtos agropecuários do Brasil, sendo destino de 39,2% dos embarques. A receita gerada com as exportações para o país asiático foi de US$ 24 bilhões no período.
O embaixador da China lembrou a complementariedade que existe na relação entre os países e considerou a parceria no setor agropecuário sólida, dinâmica e com potencial para crescer. Mesmo com a pandemia, as exportações de produtos agropecuários para a China tiveram alta de mais de 30% no primeiro semestre de 2020.
Yang Wanming disse que a China vem aumentando os cuidados com a segurança alimentar, mas que confia no serviço de inspeção sanitária e na transparência das autoridades brasileiras. Para ele, a demanda chinesa por alimentos deverá aumentar de forma estável no longo prazo, o que fortalecerá, ainda mais, a parceria comercial com o Brasil.
“Somos duas potências no setor agrícola e podemos aprender um com o outro. A China está disposta a fazer com que essa cooperação possa crescer ainda mais e subir a um novo patamar”, declarou.
O encontro também contou com a participação do diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara; do diretor de Relações Internacionais da CNA, Gedeão Pereira; e da superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra.
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Jorge Camardelli; o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin; e o diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Castanho Teixeira Mendes, também participaram do encontro. O Ministério da Agricultura foi representado pela assessora especial para Temas de China, Larissa Wachholz.
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