A equideocultura é o segmento da agropecuária dedicado à criação, manejo e comercialização de equídeos, incluindo cavalos, muares (mulas e burros) e asininos (jumentos). Esse setor engloba atividades produtivas como manejo, melhoramento genético e comercialização de material genético, além de práticas voltadas para esportes e lazer.
Também integra serviços de apoio aos sistemas de produção e a segmentos industriais e comerciais relacionados, como fornecimento de insumos, equipamentos, nutrição, serviços veterinários, transporte, reprodução e biotecnologias aplicadas. Trata-se, portanto, de uma cadeia produtiva complexa e multifacetada, com expressiva relevância econômica, social e cultural, cujos impactos se estendem tanto ao meio rural quanto ao urbano.
No Brasil, a equideocultura possui papel estratégico. O país abriga um dos maiores rebanhos de equídeos do mundo, distribuído por todas as regiões e associado a diversas atividades produtivas. Essa cadeia movimenta valores bilionários e gera empregos diretos e indiretos em segmentos como esportes, turismo rural, trabalho no campo, lazer, entretenimento e serviços especializados, incluindo medicina veterinária.
Culturalmente, os equídeos estão profundamente ligados às tradições nacionais, representando o legado histórico do trabalho rural e das manifestações regionais, como vaquejadas, cavalhadas, rodeios e competições equestres. Além disso, a atividade contribui para inclusão social e geração de renda em comunidades rurais, reforçando sua importância para a economia e a cultura brasileiras.
No cenário internacional, o mercado de equídeos é impulsionado principalmente pelos esportes equestres, turismo e genética, além de setores industriais e farmacêuticos em algumas regiões. Países como Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Austrália e diversas nações europeias possuem mercados robustos e de alto valor agregado, especialmente na comercialização de genética, cavalos de esporte e serviços especializados.
O Brasil, detentor de raças reconhecidas mundialmente, como Mangalarga Marchador, Crioulo, Quarto de Milha e Brasileiro de Hipismo, apresenta amplas oportunidades de expansão, seja na exportação de animais, embriões e genética, seja na oferta de serviços, eventos e turismo equestre, consolidando sua posição como fornecedor global de qualidade e tradição no setor.