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Líderes rurais conhecem detalhes da concessão de rodovias do lote 2
Reuniao concessoes rodovias

Representantes da EPR Litoral Pioneiro apresentaram o cronograma de obras aos presidentes e diretores de sindicatos dos municípios cortados pelos trechos administrados pela concessionária

4 de abril 2024

Por: Comunicação Sistema Faep/Senar-PR

Fonte: Comunicação Sistema Faep/Senar-PR

Um grupo formado por 25 presidentes e diretores de 15 sindicatos rurais do Paraná pôde, nesta terça-feira (2), conhecer mais detalhes da concessão das rodovias que integram o lote 2. Os líderes rurais participaram de uma reunião com representantes da concessionária EPR Litoral Pioneiro , que administra a ligação entre Curitiba e Paranaguá por meio da BR-277, além de vias entre Ponta Grossa e Sengés, Jaguariaíva e Jacarezinho e Cornélio Procópio e Jacarezinho. O encontro organizado pela diretoria do Sistema Faep/Senar-PR ocorreu na sede da entidade, em Curitiba.

“Nós sempre fomos contra o modelo de concessões que foi definido. Mas partir do momento que a concessão está feita, temos que trabalhar com o que temos. Então, nosso objetivo é tirar as dúvidas dos presidentes e diretores dos sindicatos rurais, até para que eles possam cobrar as concessionárias e para que as estradas estejam prontas para a gente trabalhar o mais rápido possível”, disse o presidente do Sistema Faep/Senar-PR, Ágide Meneguette.

Ágide Meneguette destacou os problemas enfrentados pelo setor agropecuário com as estradas abandonadas

Após a apresentação sobre a concessão e o plano de investimentos do lote 2, os presidentes e diretores sindicais puderam fazer perguntas e compartilhar seus anseios com os representantes da EPR Litoral Pioneiro. As principais dúvidas correspondiam a questões referentes às duplicações, obras e tarifas de pedágio dos trechos administrados pela concessionária.

A EPR Litoral Pioneiro administra um total de 605 quilômetros de rodovias. Segundo o contrato, a empresa terá que investir R$ 12,3 bilhões na malha rodoviária, ao longo dos próximos 30 anos (período da concessão). Os investimentos serão concentrados nos primeiros sete anos, quando a concessionária deve aportar R$ 8 bilhões em manutenção e nas obras mais importantes, como duplicações, faixas adicionais e interligações.

“Nos dois primeiros anos, faremos um esforço concentrado em reformas e manutenção da malha. Do terceiro ao sétimo anos de concessão, faremos as grandes entregas, que são os investimentos, as obras de duplicação”, destacou o presidente da EPR Litoral Pioneiro, Marcos Moreira.

Presidente da EPR Litoral Pioneiro, Marcos Moreira. garantiu que não haverá atraso nas obras

O gestor garante que não haverá atrasos no cronograma, já que o contrato de concessão prevê redução na tarifa do pedágio e até multas em caso do não cumprimento de prazos. “Existe um estímulo para que o cronograma seja cumprido”, resumiu Moreira.

Entre as obras previstas, estão 350 quilômetros de duplicações de rodovias, a implantação de 138 quilômetros de faixas adicionais e de 73 quilômetros de vias marginais. No caso das duplicações, o cronograma prevê que o primeiro trecho seja entregue ao fim do terceiro ano de concessão: trata-se de um trecho de 70 quilômetros, no Norte Pioneiro. O contrato de concessão também prevê isenção na tarifa de pedágio para motos e desconto para usuários frequentes em carros de passeio – o que já está ocorrendo.

“As obras serão entregues até o período de sete anos. A gente entende a demanda do Paraná e a ânsia dos produtores por investimentos, mas não conseguimos fazer em três anos o que não foi feito em 25 anos. Faremos em sete”, reforçou o diretor-executivo da EPR Litoral Pioneiro, Roberto Longman.

Diretor da concessionária, Roberto Longman, detalhou o cronograma de obras para os próximos sete anos

Na mesma ocasião, os presidentes e diretores sindicais também debateram o fornecimento de energia elétrica ao campo. O técnico Luiz Eliezer Ferreira, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep/Senar-PR, fez uma apresentação sobre a acentuação de problemas, como quedas constantes de energia e oscilações na tensão, que implicam em prejuízos aos produtores rurais.

Nos últimos meses, a entidade recebeu 18 ofícios de sindicatos rurais e núcleos, que, juntos, correspondem a 54 unidades sindicais. Os documentos detalhavam problemas enfrentados por agricultores e pecuaristas com quedas de energia e oscilações na rede. O Sistema FAEP/SENAR-PR compilou os apontamentos e, em 5 de fevereiro, enviou um ofício à Copel, ao governo do Paraná e aos deputados estaduais, pedindo providências imediatas.

A partir disso, o Sistema FAEP/SENAR-PR contratou uma pesquisa inédita para aferir a percepção dos produtores rurais a respeito do fornecimento de energia elétrica. Realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, o material apontou que exatos 85% dos entrevistados não estão satisfeitos com a estabilidade no fornecimento. Destes, 38,9% dos entrevistados declararam estar insatisfeitos com a estabilidade no fornecimento e energia, enquanto 30,9% afirmaram estar muito insatisfeitos. O principal motivo para a avaliação negativa é a falta constante de energia elétrica (44%), seguido pela demora na resolução dos problemas (14%) e muita oscilação na rede (12,3%).

Confira a pesquisa na íntegra

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