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Jovens iniciam viagem técnica pela Nova Zelândia
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Vencedores do CNA Jovem visitaram vinhedos, fazendas e um instituto que oferece cursos agropecuários

7 de março 2017
Por Senar

Izaura Recy Souza Freire Sales, Jaoquim Souza Lima Neto e Morganna Medeiros de Miranda começaram a desbravar o potencial agropecuário da Nova Zelândia. No país desde domingo (5/3), os três vencedores do Programa CNA Jovem já realizaram as primeiras atividades previstas na programação de 10 dias pela Nova Zelândia.

Após desembarcarem em Auckland, o grupo se deslocou até a ilha de Waiheke, conhecida como a ilha do vinho. Lá os jovens percorreram vinhedos e provaram vinhos e produtos típicos. Na segunda-feira (6/3), o destino foi a região de Waikato, considerada o coração da produção leiteira da Nova Zelândia. A programação incluiu uma fazenda de caprinos, uma de leite e ovinos e o Instituto de Tecnologia de Waikato (Wintec), entidade que oferece cursos na área agropecuária.

Comitiva do CNA Jovem provou os vinhos de Waiheke

“No Wintec, jovens de vários lugares do mundo têm a oportunidade de fazer cursos técnicos sem entrar numa faculdade e isso abre a possibilidade de conseguir um emprego, o que é muito bom. Também conversamos com um dos representantes do Instituto, que vai para o Brasil, com o objetivo de firmar uma parceria com o SENAR. A intenção é que tenha um intercâmbio de conhecimento entre os jovens de ambos os países”, conta Jaoquim.

Em Hamilton, maior cidade da região, a comitiva do CNA Jovem passou pelo Livestock Improvement Corporation (LIC) - empresa de comercialização de sêmen bovino - e visitou outra fazenda modelo de gado leiteiro nesta terça-feira (7/3). Toda a viagem está sendo acompanhada pela chefe do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social (DEPPS) do SENAR, Andréa Barbosa, e pela médica veterinária brasileira Lúcia Chagas, da empresa Agriconnects, que organizou o roteiro.

Grupo durante visita ao Wintec

Pontos como a simplicidade na forma de produzir e a eficiência chamaram a atenção de Morganna. Ela também ficou encantada com a qualidade alcançada pelo leite, com altos índices de gordura e proteínas. “Os grandes segredos dos níveis de produção tão elevados são atitudes simples e que podem ser aplicadas no Brasil, como na alimentação do gado, que é 85% de silagem e pasto. Com isso, o custo de produção deles é bem menor que o nosso. Uma curiosidade é que após a ordenha, as vacas vão para piquetes com nabos plantados, que aqui é como se fosse uma praga. Isso ajuda a hidratar e a recuperar a energia delas. O resultado dessas pequenas diferenças é um leite saboroso, com bastante gordura e proteínas, os dois itens mais valorizados na Nova Zelândia”, destaca Morganna.

Outro aspecto que os jovens puderam presenciar foi o sistema de sucessão familiar que acontece nas fazendas neozelandesas. Izaura ficou impressionada com uma tradição do país: lá, se quiserem permanecer na atividade, os filhos precisam comprar as terras dos pais.

“A sucessão não acontece na forma como estamos acostumados. Os filhos não herdam a terra. Eles têm que comprar a terra do pai, pelo menos em vida. Não é uma coisa dada como acontece no Brasil. Os filhos não se sentem donos da propriedade do pai. É preciso conquistar o seu espaço para trabalhar”, conta ela.

Brasileiros conversam com representante do LIC

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