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CNA entrevista assessor sindical
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26 de maio 2017
Por CNA

Nesta entrevista, o assessor técnico do Departamento Sindical (Desin), Ademar Fernandes dos Anjos, vai contar um pouco sobre o Programa Sindicato Forte, sobre o Índice de Desenvolvimento Sindical (IDS) e o dia-a-dia de trabalho nos sindicatos rurais do País e no Sistema CNA/SENAR.

INTRANET - O que é o Programa Sindicato Forte?
ADEMAR FERNANDES - O Programa foi idealizado na Bahia em 2007 e final de 2009 ele foi nacionalizado. Ele atua de forma a dar suporte aos sindicatos de produtores rurais. Com isso, dois pilotos importantes surgiram, um em Santa Catarina e outro no Amazonas. Na nossa cabeça, se desse certo nessas duas regiões, no Sul e Norte, o programa daria certo no resto do Brasil. Ele era mais extenso com seis etapas e depois ficamos com a capacitação dos sindicatos e com o planejamento estratégico. Depois disso, outras ferramentas começaram a chegar, como o IDS – Índice de Desenvolvimento Sindical.

INTRANET – O Programa Sindicato Forte vai mudar de nome?
ADEMAR FERNANDES – O Dr. João Martins, presidente da CNA, diz que o nome mais adequado para o programa é Inovação Sindical, em razão das benfeitorias que vem trazendo para a área e por ter muitas ferramentas, com várias novidades.

INTRANET - O que é o IDS?
ADEMAR FERNANDES - Essa ferramenta foi criada em Goiás em 2010, quando foi realizado o planejamento da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) para aprimorar a gestão do sistema sindical rural junto aos sindicatos. No início era uma ferramenta classificatória de sindicato, que vai de zero a um. No Goiás, os sindicatos que tem melhor IDS recebem premiação (dinheiro, equipamento, entre outros). Mas quando ele foi nacionalizado, as federações não tinham condição de fazer essa premiação e o SENAR NACIONAL também não podia bancar. Então tiramos a questão da premiação e ficamos apenas com a capacitação e o planejamento dos sindicatos.

INTRANET - O IDS já foi aplicado em quais estados?
ADEMAR FERNANDES - Aplicamos o IDS em vários estados. Hoje ele só não é aplicado em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Pernambuco, regiões onde as federações estaduais não solicitaram nossos serviços ou já tem algum programa de capacitação. As Federações podem solicitar nossos serviços a qualquer momento. Temos um e-mail para atender essas demandas: sindical@cna.org.br

INTRANET – A equipe do Sindicato Forte é composta de quantos profissionais? Como é realizadas as capacitações?
ADEMAR FERNANDES - A equipe é pequena, a nível nacional, são quatro pessoas. Eu, o coordenador do Departamento Sindical, Wilson Brandão, e dois instrutores. Nós preparamos as pessoas nos estados que depois continuam o programa. Estamos sempre acompanhando e capacitando essas pessoas. É muito trabalho. Ao mesmo tempo é muito satisfatório ver a evolução dos sindicatos rurais após as capacitações.

INTRANET – Mato Grosso do Sul é um caso de sucesso na aplicação do IDS. Conte como foi?
ADEMAR FERNANDES – Estamos trabalhando, desde 2013, em todos os sindicatos do Estado. Na época, realizamos seis capacitações com os 68 sindicatos. Participaram dirigentes e colaboradores. Em 2014, terminamos os sindicatos, aplicamos o IDS e demos início a um plano de ação para cada sindicato. Foi um trabalho muito legal. Agora este ano, o Departamento Sindical da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do SUL (FAMASUL) quer aplicar o IDS em todos os sindicatos e nos pediu para fazer os dez primeiros juntamente com eles, pois ocorreram mudanças, foram feitas adequações nos questionários, nos eixos. Na capacitação a gente faz um diagnóstico do sindicato e através desse processo a gente faz um plano de ação para a instituição. Com essa reformulação, após a aplicação do IDS o sindicato que quiser vai receber uma consultoria para receber a devolutiva do questionário. De acordo com o resultado do IDS é feito um plano de ação.

INTRANET – Quais as principais melhorias no estado do Mato Grosso do Sul?
ADEMAR FERNANDES - Acabamos aplicando o IDS em 11 sindicatos e pudemos observar algumas melhorias em relação a 2013. Além de muito comprometimento dos sindicatos. O principal avanço foi na atuação institucional. Alguns sindicatos até regrediram na gestão, mas conseguiram aumentar o IDS por terem melhorado na atuação institucional, que é a representatividade do produtor rural. Ou seja, os sindicatos conseguiram trazer mais produtores para perto dele.

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