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CNA e entidades de soja e milho da América do Sul analisam impactos da lei europeia antidesmatamento
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Evento acontece até terça (26), em Brasília

26 de setembro 2023
Por CNA

Brasília (26/09/2023) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realiza, até terça (26), o Encontro das Entidades de Soja e Milho da América do Sul para debater os impactos das lei antidesmatamento da União Europeia para as cadeias exportadoras.

O encontro começou na segunda (25) e foi aberto pelo diretor técnico adjunto da CNA, Maciel Silva, e pelo presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas, Ricardo Arioli. O debate conta com a participação de representantes do setor produtivo do Paraguai, Argentina e Uruguai, além da equipe técnica e internacional da CNA.

Ricardo Arioli, Sueme Mori e Maciel Silva Ricardo Arioli, Sueme Mori e Maciel Silva

Para Maciel Silva, a legislação afeta diretamente os países em desenvolvimento. “Enquanto setor produtivo, entendemos o quanto essa lei é discriminatória, que pode ter efeitos inversos à sustentabilidade, com potencial de eliminação de pequenos produtores”, afirmou.

Arioli enfatizou a importância da união de todo o setor produtivo dos países do Mercosul e falou sobre os desafios do setor. “A atividade agrícola é a que mais sofre com eventos climáticos extremos, e o produtor é o principal aliado no combate às mudanças climáticas. Nossa agricultura é feita com sustentabilidade”, disse.

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De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, somente com cooperação, por meio de uma abordagem colaborativa e alinhamento técnico, questões globais como comércio, segurança alimentar e climática poderão ser endereçadas, considerando todos os agentes envolvidos nessas ações, ao invés de apenas proceder com a transferência de custos e responsabilidades.

A diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, fez uma apresentação para contextualizar a legislação da União Europeia, a Lei Antidesmatamento, que tem como objetivo proibir a importação e o comércio, no bloco europeu, de produtos derivados de algumas commodities – gado, soja, óleo de palma, café, cacau, madeira e borracha – provenientes de áreas de floresta desmatadas após 31 de dezembro de 2020.

Durante a reunião, os representantes dos países da América Latina falaram sobre os prováveis impactos da legislação europeia sobre a soja e o milho em seus países.

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Os representantes do Paraguai, Claus Echer, da Associação dos Produtores de Soja, Oleaginosas e Cereais do Paraguai (APS) e Sonia Tomassone, da Câmara Paraguaia de Exportadores e Comercializadores de Cereais e Oleaginosas (Capeco), destacaram a importância do encontro. Segundo eles, é preciso que os países do Mercosul pensem juntos em um posicionamento junto às cadeias produtivas e também para a União Europeia.

Rodolfo Rossi, da Associação da Cadeia da Soja Argentina (ACSoja), fez uma contextualização sobre a cadeia de soja no país, bem como os dados de exportações e os impactos sociais e econômicos que a nova legislação europeia pode causar aos produtores rurais.

Roberto Verdera, representante do Uruguai (MTO), explicou sobre os desafios das cadeias produtivas de grãos no país e como estão avaliando as diferentes medidas constantes no pacote de medidas da UE.

Os impactos para o Brasil foram apresentados por Arioli e pelo representante da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Bernardo Pires.

De acordo com Pires, uma das principais preocupações do setor é o cumprimento da legislação local, sendo necessário que as ações sul-americanas sejam aceitas pela União Europeia.

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Na terça (26), os integrantes do encontro vão discutir as estratégias possíveis para serem desenvolvidas pelos países da América do Sul. As entidades também devem fechar um posicionamento conjunto sobre a questão.

“Precisamos ter uma junção de esforços para mostrarmos que não estamos apáticos a tudo o que está acontecendo no que tange à União Europeia”, ressaltou. Maciel Silva.

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