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CNA debate redução de custos cartorários em operações de crédito rural
Comissao politica agricola

Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA se reuniu na segunda (21), por videoconferência

22 de setembro 2020
Por CNA

Brasília (22/09/2020) – A Comissão Nacional de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu virtualmente, na segunda (21), para discutir a necessidade de reduzir os custos de registros em cartório de garantias vinculadas às operações de crédito rural.

A redução dos emolumentos cartorários e o fim da cobrança como percentual do valor de financiamento tomado pelo produtor rural são demandas defendidas pela CNA há vários anos. A entidade também defende aprimoramentos para padronizar e acelerar a formalização dos atos de registro das operações, além do uso de novas tecnologias e a interação entre os cartórios.

Desde a publicação da Lei 13.986/2020, já não há necessidade do registro das cédulas de crédito rural e de produto rural em cartórios. No entanto, o registro de garantias, inclusive penhor de safra, ainda precisa ser feito nesses estabelecimentos.

Na reunião, o vice-presidente da CNA e presidente da Comissão, deputado José Mário Schreiner, destacou que apesar de todos os esforços da Câmara dos Deputados para o estabelecimento de um teto monetário para esse registro em todos os estados, a medida não foi apreciada em tempo pelo Senado Federal, na MP 958/2020.

Em agosto deste ano, Schreiner apresentou o Projeto de Lei (PL) 4334/20, que estabelece um teto nacional para a cobrança de taxas para o registro de garantias vinculadas às operações de financiamento rural no valor de R$ 250,00.

“Essa proposta estava inserida na MP 958, mas como ela não foi apreciada em tempo pelo Senado Federal e perdeu a validade, trouxemos novamente para a pauta. Neste momento estamos trabalhando para que a projeto tramite no plenário em regime de urgência”, disse o deputado.

Reuniao cpa

O assessor jurídico da CNA, Rodrigo Kaufmann, afirmou que um dos objetivos do teto de gastos é a padronização na cobrança desses serviços cartorários. “Convivemos com valores muito acima do que o necessário. Os serviços prestados pelos cartórios têm impacto direto no desenvolvimento da atividade agropecuária brasileira que, para viabilizar suas linhas de crédito rural, precisa registrar títulos, contratos e garantias, até mais de uma vez por ano”, explicou.

No encontro, o secretário-adjunto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Ângelo Mazzillo, citou algumas propostas de alterações legislativas que tratam de regras para o acesso ao crédito rural. “A ideia é simplificar, deixar o processo mais fluido”.

A assessora técnica da Nacional de Política Agrícola da CNA, Fernanda Schwantes, falou sobre a regulamentação da Lei 13.986/2020 para escrituração e registro de Cédula de Produto Rural (CPR).

Segundo Schwantes, a Lei prevê que as CPRs emitidas a partir de 1º de janeiro de 2021, bem como seus aditamentos, deverão ser registradas ou depositadas em entidade autorizada pelo Banco Central a exercer atividade de registro ou de depósito centralizado de ativos financeiros ou de valores mobiliários, para ter validade e eficácia.

Venda casada – Durante a reunião, a assessora técnica da CNA, Gabriela Coser, fez uma apresentação sobre as ações da entidade no combate à venda casada, como a campanha “Nada além do que preciso” , lançada no ano passado, que orienta os produtores sobre como evitar a prática e disponibiliza um espaço para denúncias anônimas.

A venda casada é uma prática ilícita em que a liberação do crédito rural é vinculada à contratação de outros produtos ou serviços bancários, como títulos de capitalização, consórcio, aplicações, seguros que não estão relacionados à produção, entre outros.

Em julho deste ano, a CNA e a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) lançaram o "Guia sobre Venda Casada” para orientar produtores rurais e instituições financeiras sobre como coibir a venda casada em operações de crédito rural, prática proibida pelo Código de Defesa do Consumidor. Clique aqui para ler o guia.

Os integrantes da Comissão de Política Agrícola também discutiram as três propostas de reforma tributária que tramitam no Congresso Nacional. A CNA é a favor de uma reforma que simplifique tributos e não aumente a carga tributária para o setor e para a sociedade.

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