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Classificação e Degustação de Café é oportunidade de aperfeiçoamento em Araguari
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Participantes aprenderam sobre colheita do café, mercado cafeeiro, padrão de qualidade, entre outros temas

6 de abril 2017
Por Senar

Os cursos de Classificação e Degustação de Café do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR Minas) realizados na Coocacer – Cooperativa de Cafeicultores no Cerrado Mineiro, tiveram parceria do Sindicato Rural de Araguari e foram oferecidos para três turmas, formadas por funcionários da Cooperativa, produtores e apreciadores de café.

Com a capacitação, a empresa conseguirá agregar valor ao produto e levar mais conhecimentos aos participantes, como explica o gerente geral Anderson Padial: “A Coocacer Araguari busca sempre o aprimoramento de seus colaboradores e associados e o curso é uma forma de trazer para dentro da cooperativa e propriedades rurais o conhecimento sobre o produto café, que é a base da sustentabilidade tanto da cooperativa quanto do produtor.”

Ainda segundo Anderson, o objetivo é levar para os cooperados produtores o conhecimento necessário para que no momento da comercialização de seu produto eles consigam saber qual o padrão de qualidade e, assim, poderem negociar um preço que valorize ainda mais seu produto.

“Nos módulos tivemos a participação de agrônomos, técnicos agrícolas, produtores e seus filhos e netos, o que nos alegra muito, pois com essa parceria podemos despertar o desejo dos jovens a seguir na cafeicultura, fazendo assim a sucessão de seus pais e avós nessa cultura que é apaixonante”, diz Padial.

Durante a semana de atividades, temas como colheita do café, cuidados na pós-colheita de café, informações sobre o mercado cafeeiro, Classificação do Café (identificação dos defeitos e tipos de café: Conilon ou Arábica), Torra e Moagem foram tratados. No curso os participantes também aprendem como fazer as análises da Fragrância do café (do pó seco e seus perfumes), e do Aroma (em duas etapas, com e sem crosta).

A Degustação é o último passo e deve ser feita de quente a frio. Para que os aprendizes sejam aprovados, eles passam pela Calibração dos paladares para aperfeiçoar o que aprenderam e a Triangulação, que apura o aperfeiçoamento.

De acordo com o instrutor Roberto Gregatti, ao passar por todos estes procedimentos os participantes estão aptos para uma nova função: a de provador. Com ela, vem mais perspectivas e cobranças, já que um profissional deste acaba dando nova visão e informações mais refinadas sobre a atividade.

“Durante o curso, quando os participantes passam pela classificação do café, eles compreendem que os grãos avaliados são uma radiografia do que acontece na lavoura e um bom provador, ao fazer a análise do café, sabe o que aconteceu desde a florada até colheita, como chuva ou seca excessivas, falta de adubo ou pouco cuidado com o manejo”, explica o instrutor.

Roberto Gregatti ainda enfatiza que “os grãos mudam de sabor devido a fatores como altitude, tipo de colheita, solo, pós-colheita e manejo diversos. A natureza sempre vai dar um produto de boa qualidade e é o produtor que pode modificá-lo. Se cada cafeicultor tivesse um provador dentro da fazenda o café brasileiro seria outro, ainda melhor do que o que é produzido hoje”, afirma.

Curiosidades sobre o Café

A bebida que ganhou o mundo tem mudado suas vertentes. Não mais pela cafeína, as pessoas estão se tornando estudiosas do assunto e, como o vinho, o café tem ganhado apreciadores.

Comum no Brasil, café extra forte não é o mais indicado, já que este tipo de café é torrado bem mais escuro, porque o objetivo da torra é mascarar o que os grãos têm de ruim. A torra de um café extra forte passa da medida e chega a carbonizá-lo.

Para os apreciadores de “café forte”, que gostam na verdade de “café encorpado”, a dica é usar mais pó no preparo e, na hora da compra, a opção são os cafés tipo Premium ou Gourmet.

Já para quem torra o café em casa, Roberto Gregatti recomenda que com 8 a 12 minutos os grãos já estão prontos para serem moídos e consumidos.

E como o café é cheio de curiosidades, saiba que quando os grãos vão para a torra, eles deixam de ter 300 para ter 1000 compostos, e é neste processo que se formam as nuances: achocolatado, frutado, caramelizado, açucarado, dentre outras.

Segundo o instrutor Roberto, quando os participantes do Curso de Classificação e Degustação de Café estão nas atividades práticas, eles são levados a faz uma reflexão de tudo que eles viveram em suas experiências pessoais, o que criaram da memória sensorial para descobrir as características e o que o café tem de melhor.

“Conhecia o café como a maioria das pessoas, só na xícara e aprofundar os conhecimentos foi gratificante e positivo. Eu já fiz uns 3 ou 4 cursos do Senar, mas este foi o mais interessante, o melhor. Toda experiência é válida e se algo acontecer, tenho uma segunda opção de trabalho”, comentou Salomão Alves de Carvalho Neto, responsável pela manutenção das empilhadeiras.

Para Rafael da Silva Lopes, Assistente de Logística, o importante é “entender do café”. “Trabalhamos todos os dias com o café e não ter noção do que fazemos é muito difícil e gera dúvidas. Café tem diferença e temos que ter uma visão de sua qualidade. Além disso, para o meu crescimento dentro da empresa esse curso é fundamental, porque eu sei mais e há oportunidades de crescimento e, conhecimento sempre é bom!”, disse.

Como fazer a infusão do café

A água não deve ser fervida totalmente, o certo é chegar a 93 graus, ou seja, quando as bolhinhas começarem a subir.

Você pode utilizar coador de pano ou papel, e, no caso do papel, opte pelo filtro da Hario-v60.

Com água quente, escalde o coador de pano; é com esta mesma água que se deve escaldar a garrafa.

Em seguida coloque o pó, molhe apenas um pouco, aguarde 30 segundos para umedecer o pó e é neste momento em que se joga o resto da água, em movimentos circulares.

Desta forma, você conseguirá apreciar a bebida com todas as qualidades que ela possui.

Assessoria de Comunicação do SENAR Minas
www.senarminas.org.br