Campanha “Mulher por Inteiro” quer chamar atenção para tumores ginecológicos
SENAR e Instituto Lado a Lado pela Vida são parceiros na iniciativa
O olhar para a saúde do corpo muitas vezes precisa ser minucioso, isso porque existem doenças silenciosas que quando diagnosticadas, já estão em estágio avançado levando o paciente à morte. É o caso de inúmeros cânceres, como o de ovário, oitavo em incidência de mulheres no mundo. Estima-se que anualmente morram 140 mil mulheres em decorrência desse tipo de câncer. Para descobrir a doença em estágio inicial e realizar o tratamento adequado, é necessário informação sobre os principais sintomas e como identificá-los. É o que promete a campanha “Mulher por Inteiro”, do Instituto Lado a Lado pela Vida, instituição parceira do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Lançada esta semana, a campanha pretende informar as mulheres sobre os principais tumores femininos: mama, ovário e útero.
Para que as mulheres do campo também tenham acesso à informação, o SENAR vai levar o material de divulgação da campanha para as ações de promoção social da entidade. “As mulheres vão receber informação de qualidade, com embasamento científico. Hoje nós estamos na era da informação e não é justo que a mulher do campo fique recebendo informações truncadas,” destaca a coordenadora de Programas e Projetos na Área de Saúde Rural do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social do SENAR, Deimiluce Lopes Fontes Coaracy. Ela acrescenta que a parceria com o instituto garante veracidade científica às informações que chegam ao campo, devido ao corpo técnico que a entidade possui. “É uma parceria importantíssima porque hoje o instituto é nosso principal fornecedor de materiais didáticos na área da saúde. São materiais que tem ótima aceitação nos nossos eventos de promoção social e nos fazem levar informação atual e de qualidade para o campo.”
Vamos fazer barulho?
A campanha do Instituto Lado a Lado pela Vida faz parte de um programa chamado Vencer com Autoestima, e a ideia é dar maior visibilidade aos tumores femininos. Para isso, serão produzidos materiais digitais que estarão disponíveis para download no site da instituição. “Estávamos focando antes apenas em mama, mas este ano focaremos em ovário e útero porque percebemos que o câncer de mama está bem divulgado, fala-se muito em diversas instituições e campanhas, só que ninguém fala do ovário e do útero. Inclusive, no lançamento no dia 08, que é o dia de combate ao câncer de ovário, fizemos uma brincadeira: tiramos a imagem dos ovários da região pélvica e colocamos na região da mama. Para que? Para chamar atenção, porque se todo mundo só presta atenção na mama, se eu mudar o lugar, será que agora vão prestar mais atenção nos ovários?”, questiona a gerente de Alianças e Projetos do Instituto, Denise Blaques.
Ela frisa que a mulher ao visitar o ginecologista fica mais preocupada com a questão do câncer de mama, porém, o de ovário e de útero que são doenças mais silenciosas e agressivas não sensibilizam tanto a mulher. “Apesar de ter mais casos de câncer de mama, a incidência de morte por câncer de ovário e de útero é muito mais alta. Então, não é que deixaremos de falar do câncer de mama, mas iremos focar no de ovário e útero com campanha digital nas redes sociais, com a cartilha "tumores femininos", etc. Trabalharemos o tema até o final do ano em todos os eventos que tivermos a oportunidade de participar".
Os tumores
A médica oncologista clínica do comitê científico do Instituto Lado a Lado Pela Vida, Graziela Zibetti Dal Molin, explica que é importante divulgar para que as mulheres se previnam e possibilitem o diagnóstico precoce e tratamento adequado da doença.
“O câncer de mama é o mais comum na mulher em todo o mundo. No Brasil, o de colo de útero é o terceiro mais comum. O câncer de ovário, o 7º mais comum no mundo e 8º no Brasil, é o mais agressivo. O de mama pode ser prevenido com a realização de mamografia, com o autoexame e acompanhamento com o ginecologista. Pode ser uma doença fatal, mas se descoberta no início, as chances de cura são bastante elevadas. Porém, no câncer de ovário, a gente ainda não tem um exame de diagnóstico e prevenção. Por isso, essas campanhas de conhecimento da doença são extremamente importantes. A mulher precisa saber da necessidade de investigar, de conversar com seu médico, compreender quais são os sintomas para poder procurar tratamento o quanto antes e sempre questionar se um diagnóstico diferencial poderia ser um câncer de ovário.”
A oncologista frisa que o câncer de colo de útero também é uma doença passível de prevenção como o de mama, com a vacina do HPV que é ministrada para meninas gratuitamente pela rede pública de saúde e com o exame preventivo, o Papanicolau. “Esse tipo de câncer é hoje responsável por um número de mortes extremamente grande no Brasil, principalmente em mulheres jovens, que estão na idade de serem mães. Por isso, elas precisam se informar, saber sobre os meios de prevenção, porque se prevenir pode salvar sua vida."
Graziela Dal Molin veio a Brasília esta semana e deu entrevista ao Canal do Produtor TV sobre o tema e ministrou a palestra Prevenção do Câncer de Colo de Útero e de Ovário para os colaboradores do Sistema CNA/SENAR/ICNA. Acompanhe na próxima segunda-feira (15) a entrevista da oncologista no quadro Saúde e Qualidade de Vida do Canal. Ela vai esclarecer dúvidas sobre a doença e reforçar o alerta às mulheres.
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