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Paraná

Avicultura do PR com boa perspectiva e novos cursos
Frango g

29 de abril 2019

Por: Comunicação Social - Sistema FAEP/SENAR-PR

O aumento na produção de insumos (soja e milho) e da demanda do mercado internacional devem trazer perspectivas positivas à avicultura brasileira ao longo deste ano. A tendência é de que o setor intensifique o ritmo de exportações, enquanto o mercado interno também permaneça aquecido. Responsável por 36% das receitas obtidas pelo país com as vendas externas de carne de frango, o Paraná também terá novo fôlego, com novos cursos no catálogo de capacitações oferecidas pelo SENAR-PR.

As projeções de mercado foram apresentadas na reunião da Comissão Técnica de Avicultura da FAEP, no 23 de abril. As previsões de aumento de produção (26,4%) e produtividade (19%) de milho safrinha no Brasil e a maior safra de grãos nos Estados Unidos representam um bom sinal ao avicultor. Paralelamente, as cotações internacionais da soja e milho vêm em queda. Tudo isso, se traduz em perspectivas de redução de custos de produção.

Segundo a assessora técnica da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) Ana Lenat, a evolução da relação de preços se apresentava em uma tendência favorável à avicultura. Em abril, o preço do frango vivo está na casa dos R$ 4,67 por quilo, enquanto o milho vinha cotado a R$ 37,28 por saca. Se os custos de produção estão melhorando, tanto as demandas interna e externa devem se manter intensas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) projeta que as exportações de carne de frango devem aumentar 2,4% em 2019. No caso do Brasil, a CNA aponta que a Ásia (com 36%) e o Oriente Médio (32%) devem ser os maiores compradores dos produtos da avicultura brasileira.

Nessa esteira, a perspectiva para o Paraná é positiva. O volume de abates do Estado aumentou 500% em 20 anos, passando das 4,3 milhões de toneladas em 2018. Só no ano passado, as vendas externas de produtos da avicultura paranaense movimentaram US$ 2,3 bilhões. A exemplo do que ocorre em âmbito nacional, os principais mercados do Estado foram Ásia (32%) e Oriente Médio (30%).

“Um destino promissor para a avicultura brasileira é o México, com 133 milhões de habitantes e importação de carne de frango em torno de 640 mil toneladas anuais. Em novembro de 2018, o país habilitou 26 frigoríficos brasileiros a exportarem e, no geral, de 47 estabelecimentos habilitados para essa proteína, 17 são paranaenses”, destaca a médica veterinária do Sistema FAEP/SENAR-PR Mariana Assolari.

Novos cursos para impulsionar a atividade

O SENAR-PR está em vias de ampliar seu leque de cursos voltados ao desenvolvimento dos avicultores de todo o Estado. Três capacitações estão em fase de formatação, que contemplam todas as etapas do processo produtivo: “Manejo no Alojamento de Frangos de Corte”, “Manejo no Período intermediário de Frangos de Corte” e “Manejo Pré-abate de Frangos de Corte”.

As capacitações terão por objetivo aprimorar a produção a partir da adoção de técnicas de manejo, otimização da gestão da produção, qualidade e biosseguridade, de acordo com as exigências dos mercados interno e externo. As novas modalidades serão voltadas a produtores rurais, trabalhadores e técnicos do setor.

Além disso, em parceria com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e com a Embrapa Aves e Suínos, o SENAR-PR está desenvolvendo o programa “Boas Práticas na Produção de Ovos”. Em fase de avaliação, a proposta de treinamento se justifica, principalmente, pela demanda, puxada pelo aumento da produção de ovos no Paraná – que já conta com mais de 1,8 mil aviários de postura registrados e com produção superior a 292 milhões de dúzias de ovos por ano.

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