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Após curso de Derivados do Leite do SENAR Minas, alunos planejam comercialização
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Participantes encontram na capacitação oportunidade de aperfeiçoar técnica de produção

4 de julho 2017
Por Senar

Doce de leite, muçarela, requeijão, queijo minas, ricota, iogurte. Durante cinco dias, produtores e trabalhadores rurais de Santa Rita do Cedro participaram do curso de Derivados do Leite, oferecido pelo SENAR Minas em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Curvelo, com o propósito único de aperfeiçoar técnicas de produção. Mas, segundo uma das alunas, Márcia Dias de Oliveira Freitas, 37 anos, ao final do treinamento os alunos descobriram que as aulas eram um convite para ir além, como uma alternativa de incremento da renda das famílias.

Márcia, que trabalha com a produção e venda de doce de leite cremoso há cerca de 10 anos, conta que a motivação dos outros 11 colegas surgiu quando perceberam o quanto o leite, alimento de alto valor nutricional, poderia ser melhor aproveitado. “Eu achava que sabia fazer muito bem, afinal, as pessoas gostam e elogiam bastante. Mas estar gostoso não é o suficiente. Pra nós, que vamos além do consumo próprio, não só a qualidade, mas o rendimento ou bom uso do alimento pode interferir muito no nosso lucro”.

Ter noção de Legislação, saber como proceder com o registro junto a órgãos de inspeção e rotulagem é fundamental para que os moradores tenham sucesso, caso amadureçam a ideia de empreender, segundo o instrutor do curso Alberto Lisboa. Para ele, além das questões teóricas, tidas como um universo ainda não explorado para alguns alunos, o apogeu do curso foi o passo em que os participantes colocaram a “mão na massa”.

“Eles demonstraram muito interesse, principalmente pelo queijo muçarela, por apresentar um mercado bastante promissor. Ficaram surpresos, também, ao desvendarem os segredos da produção da ricota, por ser fabricada a partir do aproveitamento do soro, o que acaba reduzindo o custo de fabricação de outros queijos. Viram na pasteurização do leite uma forma de eliminar problemas que às vezes ocorrem no queijo artesanal, como sabor amargo e estufamento”.

“Diversos participantes disseram que irão produzir e comercializar, pois desta forma agregam maior valor ao leite, que tem baixo valor de venda aos laticínios por ser produzido em pequena quantidade”, diz o instrutor.

Da teoria à prática

De acordo com Márcia, foram incontáveis as perdas com a falta de conhecimento técnico; por isso, assim que concluiu o curso, tratou de produzir o doce de leite conforme instruções que recebeu e comparar a experiência. “Fiz a análise do leite, a pasteurização, dentre outras dicas. Alguns ajustes aqui, outros ali, notei que o doce ficou mais cremoso e no ponto certo, foi mais fácil padronizar o produto. O próximo passo é reunir o grupo, avaliar os resultados e disponibilizar o que cada um fabrica, na própria comunidade e em feiras”, comemora.

Assessoria de Comunicação do SENAR
www.senarminas.org.br

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