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Aprendizagem é oportunidade de trabalho e contribui para evitar situações de risco na juventude
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Afirma coordenadora de Formação Inicial e Continuada do SENAR. Entidade reúne esta semana gestores da área em encontro nacional

22 de maio 2017
Por Senar

“O contrato de Aprendizagem, com formação compatível, dá ao jovem não só a chance de trabalhar, mas também minimiza situações de trabalho infantil, de uso de drogas e de envolvimento com atividades ilícitas. Ou seja, a Aprendizagem ajuda a tirar o jovem de situações de risco”, afirma Fabiana Márcia de Rezende Yehia, coordenadora da Área de Formação Inicial e Continuada (FIC) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Nesta quarta (24/05) e quinta-feira (25/05), o SENAR promove o Encontro de Gestores da Aprendizagem, com a presença das 27 Administrações Regionais da entidade. A ideia é trocar experiências e sensibilizar os gestores para a necessidade de oferecer essa alternativa aos jovens.

“Nos encontros anteriores, os relatos serviram para adequar as experiências às exigências da legislação, incorporar os dados ao sistema de gestão, o CNAP, e compor documentos norteadores. Agora queremos, principalmente, ouvi-las e também propor debates. Para isso, traremos palestrantes como a Ana Alencastro, ex-diretora do Departamento de Políticas de Trabalho e Emprego do Ministério do Trabalho, para que oriente as Regionais sobre como se articularem melhor com quem determina as cotas de aprendizes e fiscaliza as empresas e entidades formadoras no estado, bem como os possíveis parceiros para o avanço da aprendizagem”, ressalta Fabiana.

O encontro vai receber profissionais de outras entidades do Sistema “S” como SENAC e SENAI para relatos de suas experiências, além de instrutores do SENAR e de dois jovens, de Pernambuco e Espírito Santo, que participaram do programa de Aprendizagem e foram contratados pelas empresas.

Na avaliação do assessor técnico da Área FIC, Marcelo Rebello Mendonça, que acompanhou o último encontro, em 2012, houve uma evolução no entendimento das Administrações Regionais do SENAR em relação à Aprendizagem, principalmente nas práticas educativas. Para ele, esse encontro de gestores será uma oportunidade de dar um passo maior em relação à oferta no setor rural. “A ideia é elevar o debate sobre a oferta dos cursos, para deixá-las mais estruturadas e sensibilizar as que ainda não aderiram. Precisamos pensar em como melhorar a oferta da Aprendizagem para o meio rural, e propor ao Ministério do Trabalho formatos adequados às especificidades do setor.” Atualmente, 17 Administrações Regionais do SENAR desenvolvem programas de Aprendizagem.

Também está na pauta do encontro, o debate sobre a inclusão de pessoas com deficiências nos cursos da Aprendizagem. O SENAR convidou o Centro Universitário Univates, de Lajeado, no Rio Grande do Sul, que tem experiência no tema para falar aos gestores.

“Esse momento será para as Regionais refletirem. O que elas podem fazer para propiciar um ambiente onde pessoas com deficiência tenham oportunidade de realizar um curso que respeita e inclui os princípios de acessibilidade e de fato propicia inserção social e laboral. A aprendizagem tem essa função de formar mão de obra qualificada para assumir postos no mercado de trabalho”, observa Marcelo Mendonça.

Mas, afinal, o que é Aprendizagem?

Segundo a lei 10.097/2000, empresas de médio e grande porte devem contratar jovens com idade entre 14 e 24 anos como aprendizes. O jovem é contratado pela empresa e precisa passar por uma capacitação na atividade que irá desenvolver. É onde entra o SENAR, como explica Fabiana Rezende, coordenadora da Área FIC da entidade.

“Nos moldes da lei, a aprendizagem, no nível inicial e continuado, é a oferta de cursos com carga horária entre 800 a 960 horas. O aprendiz recebe um valor durante o período de contrato, e a empresa pode, por direito, recorrer à entidade do Sistema "S" para o qual contribui para que desenvolva a parte teórica da aprendizagem, de acordo com a atividade laboral da empresa. Numa capacitação de 800h, por exemplo, o jovem recebe 400 horas de formação do SENAR e nas outras 400h, de forma intercalada, participa de prática profissional dentro da empresa, conhecendo o que ela faz e como faz, as instalações, os equipamentos, etc. A aprendizagem é uma conjugação de saberes.”

Grupo de trabalho

Ao fim do Encontro de Gestores, os participantes vão criar um grupo de trabalho e estudos sobre aprendizagem profissional no meio rural. “O grupo vai servir para esquematizarmos o que as Regionais poderão compartilhar uma com a outra, seja um instrutor que é referência ou material didático, por exemplo”, ressalta Fabiana. No Encontro, a metodologia de trabalho do grupo será definida de forma participativa.

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