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Alunos do SENAR aprendem importância do casqueamento preventivo na prática
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A prática é fundamental para a saúde do animal, pois evita problemas como baixa produção de leite e reprodução

17 de julho 2017
Por Senar

Após 24 horas de treinamento, produtores e trabalhadores rurais de Monjolos e Santo Hipólito receberam a certificação no curso de Casqueamento do SENAR Minas. A prática é fundamental para a saúde do animal, uma vez que evita problemas relacionados ao casco que podem ocasionar baixa produção de leite e reprodução, visto que os animais diminuem a ingestão de alimentos e ficam suscetíveis à mastite.

Divididos em turmas de 10 participantes por localidade, na Fazenda Cachoeira (Monjolos) e Vaquejador (Santo Hipólito) os participantes acompanharam de perto as recomendações do médico veterinário Dênio de Figueiredo para os dois tipos de casqueamento: preventivo e curativo.

Segundo ele, o casqueamento preventivo requer a toalete do casco, aparando seu crescimento excessivo e prevenindo problemas futuros com o uso do pedilúvio (solução à base de formol, sulfato de zinco e sulfato de cobre). A prevenção com uso de pedilúvios e a toalete das vacas vai ajudar a combater vários problemas de cascos, como hematoma de sola, úlcera e abscesso de sola, erosão de talão, verruga de casco, gabarro e podridão de casco, dentre outros.

No casqueamento curativo, pequenas intervenções podem ser feitas pelos funcionários, já as grandes, como nos casos de cirurgias, devem ser feitas somente pelo médico veterinário. “O casqueamento é mais necessário para rebanhos leiteiros, pois, os mesmos, na maiorias das vezes, tem um manejo mais intensivo, o que predispõe a problemas de cascos”, complementa o instrutor.

Nas aulas práticas, os alunos compreenderam ainda que os bovinos, quando em manejo intensivo, ficam mais próximos uns dos outros predispondo a transmissão de doenças, portanto, a orientação é que os proprietários e funcionários saibam identificar sinais de lesões de cascos e tratar imediatamente, evitando agravar a doença. “O não tratamento culmina com a perda de produção, podendo levar ao descarte de animais”.

Era o que ocorria com Geraldo Alves Trindade, 50 anos, e o filho, alunos do curso. Agora, eles não querem perder mais tempo e já planejam adquirir ferramentas básicas para o casqueamento. Na fazenda da família, que tem como principal atividade a produção de leite, foram vários os prejuízos por não saberem como lidar com esse tipo de problema. “Já chegamos a ter que sacrificar o animal, tanto por falta de conhecimento quanto pela dificuldade de encontrar alguém que pudesse realizar esse tipo de procedimento de forma preventiva naquele exato momento”, revela o produtor.

No treinamento foram abordados os métodos de contenção, manutenção de ferramentas, aplicação de soluções desinfetantes e curativas, utilização de bandagens, medicamentos e distanciadores, higienização do local, anomalias do casco e noções sobre anatomia do aparelho locomotor.

Dicas do instrutor para um casqueamento adequado:

Primeiro, evitar o aparecimento de lesões com prevenção e uso de pedilúvio.
Fazer a toalete preventiva uma vez ao ano e tratar imediatamente aqueles animais que por ventura apresentarem sintoma de lesão de casco.
Ao casquear, fazer a contenção do animal, evitando acidentes para os animais e para si próprio.
Usar medicamentos e materiais de boa qualidade e, principalmente, realizar o acompanhamento após o casqueamento.

Assessoria de Comunicação do SENAR Minas
www.senarminas.org.br