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1 de agosto de 2016
O caminho: investimentos no agronegócio
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POR CNA

O setor rural e todas as suas cadeias produtivas vêm conquistando maior espaço nos meios de comunicação, que mostram o desenvolvimento do agronegócio nacional e sua importância econômica e social para a população brasileira. Já não é restrita apenas ao campo a empregabilidade, para garantir volumes crescentes de produção, com tecnologia e inovações, que também conduzem à melhoria da alimentação dos brasileiros.

A mídia nacional tem destacado, com maior ênfase nos últimos meses, que a agropecuária registra resultados econômicos cada vez mais fundamentais à estabilidade do país. No caso específico de Minas Gerais, o Sistema FAEMG tem diversificado sua atuação para ampliar a divulgação das atividades rurais do homem do campo e seus investimentos, além dos avanços da capacitação produtiva e agroindustrial.

Desde 2012, o PIB do Agronegócio mineiro apresenta um ritmo acelerado de evolução dos resultados anuais, que já alcançam R$ 191,6 bilhões e correspondem a 13,8% de toda a riqueza produzida pelo setor no país. Não se pode ainda deixar de registrar que esse crescimento ocorre à revelia das estratégias governamentais, que ignoram a maioria das reivindicações rurais.

Na situação econômica calamitosa do estado, por causa de desdobramentos de questões políticas e do agravamento do descontrole das contas públicas, torna-se cada vez mais necessária a estruturação de parcerias público-privadas para estimular novos investimentos no agronegócio. Também urge articular ações e fomentar setores que influenciam a produção, casos da infraestrutura de transportes e de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.

Na questão do investimento governamental, porém, é indispensável que os gestores públicos se convençam de que não basta prover recursos para ações dos ministérios, das secretarias de estado e de suas empresas vinculadas. Paralelamente aos investimentos, é indispensável operacionalizar programas, desenvolver ações com pessoal capacitado e orientar permanentemente o produtor quanto à regularização de suas atividades produtivas. Outra iniciativa aguardada é o destravamento de pautas importantes no Congresso Nacional, como a compra de terras por estrangeiros, o que potencializaria recursos para o desenvolvimento de muitas regiões produtoras brasileiras.

Nessa direção, são reivindicações urgentes, especialmente de Minas, a articulação do Marco Legal do Queijo Minas Artesanal e a questão da tributação na cadeia produtiva da cachaça. Trata-se de produtos tradicionais do estado que merecem atenção especial, por terem potencial de geração de ainda mais emprego e renda no campo, a partir da agroindústria. E o aprimoramento do incentivo aos setores de laticínios, frutas, verduras e legumes, carnes (nas diversas cadeias pecuárias), madeira, celulose e papel, couro e vestuário, entre outros.

Indicadores do mercado apontam para a melhoria no ambiente econômico do setor industrial mineiro nos próximos meses, favorecendo a retomada gradual das atividades fabris, sustentadas pelo retorno da confiança empresarial. A agroindústria tem, portanto, possibilidade de avançar mais, notadamente os segmentos de alimentos e bebidas, que já cresceram nos cinco primeiros meses de 2016.

Com certeza, a priorização de investimentos – sejam públicos ou privados – no agronegócio e em setores que o influenciam deve ser encarada como a principal estratégia para superar, com mais rapidez e segurança, a crise econômica enfrentada pelo Brasil, onde os produtores rurais não temem o desafio de produzir em quantidade e com qualidade.
  
*Roberto Simões é Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Sistema FAEMG)

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