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CAGED
7 de março de 2019
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged Resultado de Janeiro de 2019
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1. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged

Resultado de Janeiro de 2019

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro de 2019 revelam que o mercado de trabalho brasileiro iniciou 2019 em ritmo menor que o esperado. Foram 1.325.183 admissões e 1.290.870 desligamentos, o que resultou na abertura líquida +34.313 postos de trabalho. O resultado decepcionou os analistas de mercado que projetavam expansão entre 59.192 e 107.360 vagas, com mediana de 89.048. Frente a janeiro de 2018, quando o saldo foi positivo em 77.822 postos de trabalho, a redução em janeiro de 2019 foi de 56%. Os resultados do baixo ritmo da atividade econômica - expressos no crescimento de apenas 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) Brasileiro em 2018 – divulgados, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no mesmo dia que os dados do CAGED, configuram a principal justificativa para esse resultado aquém das expectativas.

Comparativamente ao demais setores, a Agropecuária apresentou o quarto melhor desempenho em janeiro/2019, com expansão de 8.328 postos de trabalho, à frente do setor Extrativo Mineral cuja expansão foi de apenas 84 vagas e dos Serviços de Utilidade Pública, da Administração Pública e do Comércio que fecharam, respectivamente, 88, 686 e 65.878 postos de trabalho no mesmo período. Os destaques na expansão de vagas em janeiro/2019 foram o setor de serviços (+43.449), Indústria de Transformação (34.929) e Construção Civil (14.275).

Gráfico 1. Saldo Movimento por Setores da Economia em janeiro/2019

(Contratações – Demissões)

As principais atividades do setor agropecuário apresentaram expansão de postos de trabalho foram:

  • Cultivo de Soja (+7.837 postos) especialmente no Mato Grosso (+6.112 postos), e secundariamente em Goiás (+705 postos) e Mato Grosso do Sul (+568 postos);

  • Cultivo Frutas de Lavoura Permanente, exceto laranja e uva (+7.071 postos) principalmente no Rio Grande do Sul (6.133 postos), e secundariamente em Santa Catarina (+1.047 postos);

  • Cultivo de Cereais (+915 postos) principalmente em Goiás (+231 postos), Mato Grosso do Sul (+155 postos), Mato Grosso (+151 postos) e Bahia (+130 postos);

  • Atividades de Pós-Colheita (+555 postos) principalmente no Paraná (+185 postos) e Santa Catarina (+173 postos);

  • Cultivo de Algodão Herbáceo e de outras fibras de lavoura temporária (+462 postos) principalmente no Mato Grosso (+273 postos), Mato Grosso do Sul (+91 postos) e Bahia (+71 postos).

    Apesar do setor agropecuário no agregado ter apresentado expansão de postos de trabalho, algumas atividades apresentaram fechamento líquido de vagas em janeiro/2019. São elas:

  • Cultivo de Laranja (-2.707 postos) especialmente em São Paulo (-2.359 postos) e Minas Gerais (-299 postos);

  • Cultivo de Cana-de-Açúcar (-2.569 postos) principalmente na Paraíba (2.714 postos) e, secundariamente em Pernambuco (-892 postos) e no Amazonas (-337 postos), apesar da expansão de vagas nessa cultura em São Paulo (+751 postos), Goiás (+655 postos) e Minas Gerais (+349 postos);

  • Atividade de Apoio à Agricultura (-2.527 postos) principalmente em São Paulo (-2.633 postos), apesar da expansão de vagas nessa cultura no Mato grosso do Sul (+389 postos) e no Mato Grosso (+297 postos);

  • Cultivo de Outras Plantas de Lavoura Temporária (-1.207 postos) principalmente no Rio Grande do Norte (-1.031 postos) e Minas Gerais (-420 postos) apesar desse cultivo ter sido responsável pela expansão de 395 postos no Rio Grande do Sul no mesmo período;

  • Criação de Aves (-530 postos) principalmente em São Paulo (-215 postos) e Minas gerais (-190 postos).

Gráfico 2. Saldo Movimento em Janeiro/2019 - Total (Contratações – Demissões) por UF, sem ajuste

Gráfico 3. Saldo Movimento em Janeiro/2019 - Agropecuária (Contratações – Demissões) por UF, sem ajuste

Áreas de atuação