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Sistema CNA debate propostas dos produtores para o Plano Agrícola e Pecuário
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Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA se reuniu na manhã de terça (2), em Brasília

3 de abril 2019
Por CNA

Brasília (03/04/2019) – Integrantes da Comissão Nacional de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniram na terça (2) para debater as propostas dos produtores rurais para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2019/2020.

Na abertura do encontro, o presidente da Comissão, José Mário Schreiner, afirmou que os encontros realizados com produtores durante o mês de março, nas cinco regiões brasileiras, foram fundamentais para definir prioridades do setor agropecuário para a próxima safra.

“Nós ouvimos os produtores e agora é preciso construir, junto com o governo e com as demais entidades envolvidas com o tema, um modelo que avance nos instrumentos, garantindo renda ao produtor”, disse Schreiner, que é deputado federal e preside a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).

De acordo com a assessora técnica da CNA, Fernanda Schwantes, os pontos centrais do levantamento de propostas feito pelo Sistema CNA para a safra 2019/2020 são a redução dos custos intrínsecos à contratação do crédito rural, medidas de fomento à pulverização de fontes de financiamento para o setor e o aprimoramento dos instrumentos de gestão de riscos ao produtor.

“O setor defende ajustes de curto prazo, como o retorno da possibilidade de financiamento da orientação técnica e elaboração de projetos técnicos com recursos a juros controlados e mudança no prazo máximo para reembolso do crédito de custeio de algumas atividades agropecuárias”.

Segundo Fernanda, o setor também está trabalhando em propostas mais estruturantes, de médio e longo prazo, que viabilizem a continuidade do crescimento da agropecuária brasileira, focadas em garantia de renda aos produtores rurais.

Para o secretário-adjunto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Angelo Mazzillo Filho, o trabalho da CNA é fundamental para a construção de um plano que atenda as demandas do setor agropecuário.

“Todos os anos o Banco Central e os ministérios da Fazenda e da Agricultura se reúnem para formalizar as propostas do PAP e a CNA é, sem dúvida, uma grande parceira nesse processo”.

A proposta de um novo modelo de crédito, baseado em seguro rural também foi assunto da reunião. Segundo o vice-presidente da Comissão, Antônio da Luz, é preciso pensar em um modelo que mitigue o endividamento, uma vez que o sistema atual não foi construído pra isso.

“É possível ter melhores taxas de juros para esses produtores e mudar a lógica do sistema. Ao invés do produtor contratar o crédito, com o seguro pendurado, ele pode buscar o seguro e depois contratar o crédito, assim ele já estaria segurado e emitindo menos riscos para o sistema”.

Durante o encontro, o assessor técnico do Núcleo Econômico da CNA, Paulo André Camuri, apresentou uma análise comparativa dos subsídios federais destinados ao setor agropecuário e a outros setores. “O agro é o que menos recebe subsídios do governo (apenas 13,8%) e também é o menos beneficiado com desoneração tributária”, disse.

Na reunião, a superintendente técnica adjunta da CNA, Natália Fernandes, falou da proposta de criação de um programa de garantia de renda. “A ideia é que o produtor rural tenha mais uma opção para se proteger contra os riscos de preços. Precisamos apoiar o acesso dos produtores, principalmente pequenos e médios, a instrumentos de gestão de risco”.

Participaram da reunião os presidentes das Federações de Agricultura dos estados do Mato Grosso do Sul (Famasul), Maurício Saito, de Sergipe (Faese), Ivan Sobral, do Maranhão (Faema), Raimundo Coelho e de Roraima (Faerr), Silvio Silvestre.

Assessoria de Comunicação CNA
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