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Semana Santa: Conhecimento, tecnologia e inovação estão melhorando resultados e lucros na piscicultura do Maranhão
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Piscicultores orientados pelo Senar tem se destacado no sul do estado, ampliando a capacidade produtiva e diversificando os negócios com criatividade e inovação

30 de março 2024

Por: Raquel Araújo

Fonte: Ascom Faema/Senar

Estreito (MA) – “Desde que me entendo por gente estou na beira do rio criando e pescando peixe com meu pai. Desde os 11 anos passei a vender os peixes que meu pai produzia e hoje ele é um dos fornecedores regulares do meu box no Mercado Municipal. Tudo que tenho eu devo à piscicultura, e tenho certeza que vou conquistar muito mais ainda criando peixe, atendendo bem meus clientes e inovando na forma de apresentar meus produtos”, foi assim que o piscicultor Mario Marques da Silva, o Mário do Peixe, resumiu sua história empreendedora e inspiradora.

O piscicultor tem uma propriedade rural de cerca de 10 hectares onde produz mais de 20 mil peixes em tanques escavados, e um box no Mercado Municipal de Estreito (MA) onde, em semanas normais, chega a comercializar até três toneladas de peixes e mariscos. Para a Semana Santa, a meta era vender até 8 toneladas. “As vendas bombaram”, comemorou o piscicultor, que ainda vende cerca de 270 kg por mês de pratos a base de peixes e mariscos, em um restaurante da cidade.

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Mário do Peixe cultiva mais de 20 mil peixes em tanques escavados, mais comercializa até 3 ton por semana em peixes e mariscos.

“O dono do restaurante me propôs a parceria para que realizássemos a noite de peixes e mariscos uma vez por mês, com receitas exclusivas, que eu mesmo criei como a pizza e a linguiça de tambaqui. É um sucesso! Na ultima edição alimentamos quase mil pessoas”, conta o produtor rural que recebe o acompanhamento do SENAR por meio do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), de forma gratuita em sua propriedade. “Os cursos do SENAR também me ajudaram a inovar no meu negócio”, admite Mário do Peixe, que após participar do curso de formação profissional em beneficiamento de pescado aprimorou suas técnicas e hoje compartilha seus métodos exclusivos de filetagem, que fazem sucesso entre os clientes fiéis do seu box, restaurantes da região e eventos.

Associação – A atuação do Senar por meio de cursos de formação profissional rural e assistência técnica e gerencial tem feito a diferença também em outra propriedade do município de Estreito, localizada às margens de um afluente do Rio Farinha.

Lá funciona a sede da Associação dos Aquicultores do Sul do Maranhão (AAQUISULMA), que conta com 95 associados e produz mais de 36 toneladas de peixes, entre tilápias e tambaquis.

A produção é concentrada em cinco tanques de alta produção, com capacidade para até 10 ton, e 19 tanques de pequeno porte, com capacidade para até 500 kg cada um.

Os associados tem planos ousados para ampliar sua produção, que já comercializa com prefeituras, uma rede de supermercados e atravessadores, principalmente de Santa Inês (MA) e Araguaína (TO).

Para a Semana Santa, a expectativa dos produtores era vender de oito a dez toneladas de tilápia e tambaqui.

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Wanduy Ferreira preside a AAQUISULMA e conta que os associados tem planos ousados para ampliar a produção de tilápias e tambaquis em tanques rede.

“Desde o ano passado temos enfrentado alguns problemas na atividade, como o aumento no preço da ração, que fez muitos piscicultores recuarem e produzirem menos. Mesmo assim, pretendemos fechar 2024 produzindo 28 toneladas de peixes”, conta o presidente da Associação, Wanduy Ferreira Sá.

Produção do estado – Além de Estreito outros municípios – especialmente Matinha - tem colocado o Maranhão em evidência na produção aquícola do país. Segundo dados da Associação Brasileira da Piscicultura – Peixe BR, o Maranhão produz mais de 49 mil toneladas de peixes de cultivo por ano. É a sexta maior produção do país.

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Maranhão se destaca como o sexto maior produtor de peixes de cultivo do país.

Além disso, o estado ocupa o 3º lugar na produção de peixes nativos, com mais de 38,3 mil ton, e o 3º lugar na produção de outras espécies (carpas, trutas e pangasius), com cerca de 5,8 mil ton. Só de tilápias, o Maranhão alcançou uma produção de mais de 5 mil ton de peixes em 2023.

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