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Produtores esperam colheita de café menor que a de 2016, em Rio Bananal (ES)
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26 de abril 2017
Por CNA

Por: G1- ES

Por causa da seca que afeta o município de Rio Bananal, no Norte do Espírito Santo, muitos produtores rurais da região esperam uma produção ainda menor do que a de 2016. Antes da seca, foram colhidas até cinco mil sacas de café. Em 2016, já com a falta de chuva, foram 1,5 mil. Já neste ano, a expectativa é não chegar a mil sacas.

“É só ajuda de Deus, porque o que tem que ser feito, a gente tenta fazer, mas a gente não consegue fazer chover”, falou a produtora Maria Aparecida Boudrine Faé.

Com a seca do Rio Bananal, o município começou a usar água da barragem que fica em Iriritimirim, mas o uso dessa água é especificamente para o consumo humano.

Enquanto isso, os produtores rurais ficam na expectativa de chuva. Nos meses de março e abril, por exemplo, que são considerados meses chuvosos, foi registrado 80% a menos de chuva do que era esperado para esse período.
“As chuvas esperadas para março e abril não vieram. A gente está chegando num momento muito crítico, de maio até setembro, que, historicamente, chove muito pouco na nossa região”, disse o engenheiro agrônomo do Incaper Bruno Pella.

Essa não é a primeira vez que Rio Bananal adota o sistema de racionamento de água. Em maio de 2016, a Justiça, a pedido do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), chegou a proibir a irrigação de lavouras. As bombas de agricultores foram lacradas. Mas, segundo o Saae, essa é uma medida emergencial e tomada em último caso.

“Nós estamos pensando em fazer um racionamento agora, junto aos produtores rurais. Esse processo de lacrar bomba é em último caso e depende do Ministério Público, não é diretamente o Saae”, explicou o presidente do Saae de Rio Bananal Sidnei Saiter.

Enquanto o sol não dá trégua e a chuva não cai, o importante é que o agricultor aprenda a armazenar e economizar água. “A recomendação é que os produtores substituam o sistema de irrigação menos eficientes por sistemas mais eficientes, para que, numa menor quantidade de água, consigam maior aproveitamento dentro de um sistema de racionalização que o tempo está nos sugerindo”, falou Pella.

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