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Produtores de leite do MS participam de levantamento de custos do Campo Futuro
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Paineis foram realizados nos municípios de Glória de Dourados, Camapuã e Paranaíba

9 de julho 2021
Por CNA

Brasília (09/07/2021) Técnicos do Projeto Campo Futuro, uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), se reuniram de forma remota nesta semana com produtores de leite de Mato Grosso do Sul para levantar os custos de produção da atividade.

Os encontros virtuais contaram com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), de pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), além da participação de representantes de sindicatos dos municípios de Glória de Dourados, Camapuã e Paranaíba.

Glória de Dourados – A coleta de dados do município foi realizada na quinta (8). Segundo o assessor técnico da CNA, Guilherme Dias, houve uma mudança no perfil da propriedade modal, com investimentos significativos na melhoria do perfil genético dos animais em produção, que resultou no aumento da produção média diária, passando de 100 litros em 2018 para 350 litros em 2021. A produtividade individual dos animais também saltou de 6 litros por dia para 15 litros/dia.

“Os produtores relataram que tem havido uma profissionalização na atividade e que, apesar de não representar o modal da região, muitos produtores têm investido em sistema compost barn , o que demonstra uma maior tecnificação da atividade”, disse Dias.

Dados preliminares do levantamento indicaram uma receita bruta de R$ 1,51 pelo litro de leite, que foi o suficiente para cobrir os desembolsos, as depreciações e o pró-labore dos produtores. Entre os desembolsos, o maior comprometimento da receita foi com a alimentação, sendo 29,5% com aquisição de concentrado, 7,5% com manutenção de pastagens e 7,7% com a produção de silagem.

De acordo com Guilherme, os produtores relataram ainda a formação de associações para melhorar o poder de barganha junto aos laticínios. “Eles reúnem o leite de vários produtores e fazem a negociação coletiva, o que figura como excelente estratégia para melhoria no resultado da atividade frente ao momento de pressão nos custos de produção”, explicou.

Paranaíba – Na terça (6), os técnicos do Campo Futuro levantaram os custos de produção do leite no município de Paranaíba. Na região, predomina a produção em propriedades de 100 hectares, sendo 78 hectares destinados às pastagens. O rebanho é de 25 vacas em lactação, que produzem 5 litros/dia cada.

Segundo o assessor técnico da CNA, a receita foi de R$ 1,50 por litro de leite entregue, o que foi capaz de pagar os desembolsos e também as depreciações da atividade, indicando saúde financeira da atividade no curto e médio prazos. Dos desembolsos, o principal item foi o concentrado, comprometendo 13,7% da receita, seguido por energia e combustível, com 6,5%, e manutenção de máquinas e implementos, com 5,5%.

Camapuã – Na segunda (5), os técnicos se reuniram com os produtores de leite do município de Camapuã. Segundo a coleta de informações, a propriedade modal é de 200 hectares, sendo 136 hectares ocupados por pastagens de capim Brachiaria, com 30 vacas em lactação, produzindo cerca de 5 litros por dia, um total diário de 150 litros.

“Houve melhoria dos índices zootécnicos, principalmente no intervalo entre partos, com relação ao painel anterior, realizado em 2018. Também cresceu a adoção da inseminação artificial em tempo fixo, demonstrando maior aporte tecnológico e profissionalização da atividade”, destacou Guilherme.

Foi relatado que a região de Camapuã já foi referência na atividade de leite, mas está perdendo espaço para a pecuária de corte. “O município tem bastante potencial, mas a baixa produtividade dos animais foi identificada como um dos principais entraves para a produção”.

Os dados também apontaram que a receita bruta obtida com a venda do leite foi suficiente para cobrir os desembolsos. “Isso indica uma boa saúde do empreendimento em curto prazo, mas quando o produtor precisa renovar suas instalações ele tem dificuldade, pois não consegue cobrir depreciação e pró-labore”, concluiu o representante da CNA.

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