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PIB do agronegócio cresce 5,26% no 1° semestre
Resultado foi impulsionado principalmente pelo segmento primário, que cresceu mais de 14% de janeiro a junho
Brasília (23/09/2020) - O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 5,26% no primeiro semestre de 2020 na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
O principal destaque foi o segmento primário (dentro da porteira), com variação de 14,91% no acumulado de janeiro a junho, seguido por serviços (4,76%) e insumos (1,69%). A agroindústria foi o único elo com queda no período, de 0,76%, sendo o segmento mais afetado pela pandemia da Covid-19.
“Pelo lado da oferta, a volumosa safra de grãos tem garantido atendimento à crescente demanda internacional pelos produtos do agronegócio brasileiro, impulsionada também pela desvalorização do Real frente ao dólar”, explica o documento da CNA e do Cepea.
O PIB agrícola registrou alta de 2,93% nos primeiros seis meses deste ano, puxada pela atividade primária. Insumos e serviços também tiveram resultado positivo, enquanto a agroindústria teve retração.
“O excelente resultado do segmento primário agrícola reflete os preços maiores de janeiro a junho de 2020, frente ao mesmo de 2019, a expectativa de maior produção na safra atual com uma safra recorde de grãos e crescimento destacado de produtos como café e laranja”, explicam CNA e Cepea.
O PIB da atividade pecuária teve expansão de 10,41% de janeiro a junho, em relação ao primeiro semestre de 2019, reflexo também dos bons preços das proteínas animais. “Embora alguns preços do ramo pecuário tenham sido pressionados para baixo diante da pandemia de Covid-19 em abril e maio, em junho houve recuperação”, ressalta o estudo.
Em junho, a expansão do PIB do agronegócio foi de 1,31%, sexto mês seguido de alta, com crescimento mensal de 3,02% no segmento primário e dos outros elos da cadeia produtiva de forma geral: agrosserviços (1,15%), insumos (0,79%) e agroindustrial (0,27%).
“Apesar da pandemia - e de efeitos negativos significativos em diferentes momentos do ano, particularmente nos segmentos de hortícolas, flores e lácteos – os instrumentos de políticas públicas voltados à garantia de renda aos mais impactados pela crise, têm garantido também sustentação da demanda doméstica por produtos agrícolas e agroindustriais”, justificam CNA e Cepea na análise.
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