No Paraguai, CNA destaca protagonismo do Brasil para alcançar status de livre de febre aftosa

Entidade participou, na segunda (21), de painel promovido pela Associação Rural do Paraguai, em Assunção

Por CNA 22 de julho 2025
Compartilhe:
Farm paraguai

Brasília (22/07/2025) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na segunda (21), de um painel promovido pela Associação Rural do Paraguai, em Assunção, para discutir o avanço no status sanitário dos países sul-americanos em relação à febre aftosa.

O Brasil foi representado pela CNA e pela Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro). As entidades destacaram a conquista brasileira, formalizada em maio deste ano pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que reconheceu o país como livre de aftosa sem vacinação.

“A mudança de status é resultado de um trabalho enorme do setor público e privado na execução dos planos do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), com foco no fortalecimento dos serviços de defesa agropecuária, capacitação de produtores e investimentos em controle e monitoramento sanitário”, destacou Felipe Spaniol, coordenador de Inteligência Comercial e Defesa de Interesses da CNA.

O coordenador ressaltou que, com a inclusão do Brasil e Bolívia no novo status, além de Chile e Guiana que já o possuíam, 80% do rebanho da América do Sul se encontra em áreas livres de aftosa sem vacinação, segundo o novo mapa atualizado da OMSA.

Felipe Spaniol, coordenador de Inteligência Comercial e Defesa de Interesses da CNA (primeiro da direita para a esquerda) fala sobre o novo status sanitário do Brasil. Felipe Spaniol, coordenador de Inteligência Comercial e Defesa de Interesses da CNA (primeiro da direita para a esquerda) fala sobre o novo status sanitário do Brasil.

“Hoje, com o novo status, o Brasil pode acessar novos mercados e o reconhecimento internacional atesta a eficiência do serviço de defesa sanitária, que está muito bem estruturado. Nesse sentido, a experiência brasileira tem servido como referência e apoio técnico aos demais países do Mercosul”.

Na avaliação do coordenador da CNA, a principal conclusão do painel é que a transição para o status de livre de aftosa sem vacinação exige tempo, diálogo e alinhamento entre os setores público e privado.

“A decisão de cada país de vacinar (ou não) seu rebanho é soberana, e respeitamos as estratégias e momentos de cada um. O Brasil, que alcançou o mais alto grau sanitário para carne bovina, colocou-se à disposição para colaborar com os países vizinhos por meio da aliança firmada entre as federações rurais do Mercosul para apoiá-los nessa transição, caso haja interesse.”

Na segunda à tarde, a CNA participou de uma reunião da Federação das Associações Rurais do Mercosul (Farm) onde discutiram o posicionamento dos países sobre regras ambientais impostas pela União Europeia por meio do Regulamento Antidesmatamento (EUDR).

Imagem

“As federações manifestaram posicionamento contrário ao novo regulamento, que impõe exigências ambientais e as consequências disso para os produtores exportadores.”

Após a reunião, a Farm divulgou uma declaração assinada pelas entidades com os principais pontos de discordância sobre o tema. Acesse a nota aqui.

 

Áreas de atuação relacionadas