Em Londrina, CNA participa de reunião da Câmara Setorial da Soja

Entre os temas estavam os números divulgados da safra

Por CNA 19 de agosto 2025
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Brasília (19/08/2025) - A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na terça (19), em Londrina (PR), da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja do Mapa para debater o cenário atual e as perspectivas da cadeia produtiva.

Um dos temas foram os números divulgados das safras. Segundo o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA e da Câmara Setorial, André Dobashi, desde 2023 o colegiado acompanha os números da safra para colaborar na construção de estimativas consistentes.

“Queremos colaborar com a Conab para, cada vez mais, aproximarmos os números oficiais dos observados na prática”, afirmou.

Safra - No encontro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atualizou os números da safra 2024/2025, estimando a produção em 169,6 milhões de toneladas da oleaginosa. O esmagamento deve crescer 8,3% em 2025, impulsionado pelo aumento do percentual de biodiesel de 15% aprovado para agosto.

Para a safra 2025/2026, a Conab projetou produção recorde, podendo variar entre 175 milhões e 180 milhões de toneladas, caso as condições climáticas sejam favoráveis. O órgão também destacou que poderá haver aumento da área plantada se houver melhora no cenário de preços. O esmagamento pode ultrapassar 57 milhões de toneladas, refletindo tanto o consumo interno quanto a demanda por farelo e óleo.

A Agroconsult reforçou o cenário, projetando a área plantada de 48,4 milhões de hectares em 2025/26, ligeira alta de 1,3% frente ao ciclo anterior. A produção deve alcançar 176,8 milhões de toneladas, crescimento de 2,7%. A produtividade prevista é de 60,9 sacas por hectare, em linha com a média histórica.

Pragas quarentenárias - Outro tema discutido foram as notificações relacionadas a pragas quarentenárias. O setor pediu maior coordenação ao Ministério da Agricultura para o enfrentamento da questão.

O assessor técnico da CNA, Tiago Pereira, destacou que a entidade colaborou na elaboração de um documento com orientações de boas práticas aos produtores. Ele reforçou, contudo, que essas recomendações precisam passar por todas as etapas da cadeia para promover avanços conjuntos e não resultar em punições adicionais ao agricultor.

“A padronização da soja é uma tarefa que começa no campo e vai até a exportação, e deve ser encarada como um esforço de toda a cadeia”, afirmou.

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