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Em evento da OIE, Ministro da Agricultura elogia esforço e dedicação dos produtores rurais brasileiros
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20 de maio 2018
Por CNA

Ministro da Agricultura, Blairo Maggi / Foto tirada do Facebook

Brasília (20/05/2017) – O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, afirmou que o novo status sanitário do Brasil “livre de febre aftosa com vacinação”, concedido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), representa o reconhecimento de uma longa e dura trajetória de dedicação dos pecuaristas e do setor veterinário oficial brasileiro.

Blairo discursou neste domingo (20), na abertura da 86ª Sessão Geral da Assembleia Mundial da OIE, que acontece até sexta (25), em Paris.

Na ocasião, o ministro lembrou que no início da luta contra a aftosa, em que milhares de focos acometiam os rebanhos todos os anos, o Brasil decidiu erradicar a doença e se tornar o maior exportador de carnes do mundo.

“Muitos não acreditavam e diziam que era impossível e que nunca conseguiríamos, mas, conseguimos. E graças a muito esforço, trabalho, conhecimento, dedicação e luta de gerações de técnicos, produtores rurais e gestores, sempre pautados pelos princípios, diretrizes e recomendações da OIE, da qual nos orgulhamos de ser um dos membros fundadores”.

Ao citar a importância da pecuária para a economia brasileira, Maggi disse que em 2017, o setor representou um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 175,7 bilhões. No mesmo período, apenas o complexo carnes teve um crescimento nas exportações da ordem de 8,9%, atingindo um volume de 15,5 bilhões de dólares.

“Esse crescimento das exportações brasileiras se deve, além da inquestionável qualidade e competitividade dos nossos produtos, sobretudo à melhoria da condição sanitária do rebanho nacional. Nesse cenário, destaca-se a vitória contra a febre aftosa. A evolução na condição sanitária do controle e erradicação da doença é grande responsável pela valorização dos nossos produtos pecuários nos mais diversos mercados”.

O ministro da Agricultura também afirmou que o país iniciou o combate da enfermidade ainda na década de 60, por meio de campanhas de vacinação em algumas regiões. Na década de 90, as estratégias de combate foram alteradas, mudando de controle da doença para erradicação em todo o Brasil, com a reformulação do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA).

“Foram muitos anos de aplicação de conhecimentos e descobertas, dedicação de técnicos qualificados, muita luta de produtores rurais e empreendedores, trabalhando-se de forma coordenada e compartilhada, o Governo Federal, governos estaduais e setor privado, todos imbuídos do objetivo de tornar o Brasil livre da Febre Aftosa”.

Em seu discurso, Blairo disse que o reconhecimento do Amazonas, Amapá, Roraima e parte do estado do Pará, pela OIE, como livres da doença com vacinação, completa um ciclo. “Sem dúvidas, é o cumprimento de uma etapa importante e um marco histórico do processo de erradicação da doença na América do Sul, e de valorização do patrimônio pecuário nacional e regional. Mas o desafio não termina aqui”.

Para ele, o novo grande desafio será enfrentar a etapa final do processo de erradicação da doença no país e na América do Sul, para alcançar a condição do Brasil de livre de aftosa sem a vacina.

“Para isso, temos plena consciência da necessidade de fortalecermos ainda mais nossas capacidades de prevenção, vigilância e de resposta a possíveis emergências que possam ocorrer. Tenho certeza que conseguiremos. Seguiremos pelo caminho da ciência, da transparência e confiança nas valiosas orientações, diretrizes e normas da OIE”.

Maggi finalizou o discurso convidando “a todos os brasileiros a prestarem suas homenagens aos milhares de mulheres e homens, muitos já nem entre nós, que, com muito trabalho, honestidade e conhecimento, tornaram realidade o que parecia impossível. O Brasil está livre da febre aftosa”.

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