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CNA e Fundação Mundial do Cacau debatem iniciativas para fomentar a cadeia produtiva
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João Martins se reuniu com presidente mundial entidade, na quarta (2)

2 de agosto 2023
Por CNA

Brasília (02/08/2023) – O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, se reuniu, na quarta (2), com o presidente da Fundação Mundial do Cacau (WCF), Chris Vincent, para discutir ações e investimentos para alavancar a produção sustentável do cacau brasileiro.

No encontro, João Martins lembrou que o Brasil já foi o maior produtor e exportador mundial da fruta nos anos 80, antes da chegada da vassoura-de-bruxa, praga que dizimou as lavouras principalmente no sul da Bahia. Segundo ele, com recursos e apoio da iniciativa privada, o setor pode se reerguer e atingir o mesmo patamar do passado.

“O futuro do cacau no Brasil é promissor. Não precisamos abrir novas áreas para produzir, inclusive podemos transformar milhões de hectares de pastagem em algum estado de degradação em agricultura”, disse.

João Martins João Martins

Martins informou que segundo a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), ainda há um baixo número de plantas por cada hectare nas áreas tradicionais. “Há espaço para realizar a renovação com a ampliação da densidade de plantas por hectare, o que daria um salto significativo na produtividade”.

Para o presidente da WCF, Chris Vincent, o plano de negócios de investimentos para a cadeia produtiva do cacau é enorme e que há muito potencial de parceria com o Brasil. “Por muitos anos a estratégia da WCF esteve focada no continente africano. Minha visita ao Brasil é para mudar esse foco, buscando parcerias com entidades, governo e investidores para apoiar essa relação”.

Chris Vincent Chris Vincent

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, informou que a ATeG do Senar Bahia tem focado no aumento da produtividade do cacau em áreas tradicionais e não tradicionais, utilizando a mesma área plantada, e também na sustentabilidade da produção. “Ainda atendemos poucos produtores diante da necessidade do estado, mas com parcerias podemos aumentar a quantidade e mudar esse cenário”.

Chris Vincent esteve acompanhado de representantes da CocoaAction Brasil, uma iniciativa da WCF que reúne oito empresas (Barry Callebaut, Cargill, Dengo, Harald, Mars Wrigley, Mondelēz International, Nestlé e Ofi) para desenvolver a cacauicultura no país com foco na sustentabilidade.

O gerente da CocoaAction Brasil, Pedro Ronca, disse que em dez anos a demanda da indústria moageira por amêndoas de cacau deve aumentar 1 milhão de toneladas e o Brasil é o país com maior potencial para atender essa demanda, isso porque o maior produtor da fruta do mundo – a Costa do Marfim – está no seu limite de produção.

“Nos últimos dois anos, as oito empresas que fazem parte da iniciativa entenderam que o Brasil é a bola da vez e que a oportunidade de fornecimento da amêndoa do cacau está aqui. Ninguém tem interesse de importar cacau, até porque nenhum outro país tem a capacidade e profissionalismo do Brasil para fornecer o produto. Então o nosso objetivo é captar recursos, firmar parcerias e criar estratégias para fomentar a cadeia produtiva de cacau brasileira”, explicou Pedro.

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Durante o encontro, o coordenador da CocoaAction Brasil, Guilherme Salata, afirmou que o Brasil tem capacidade de retomar a média da produtividade de cacau do passado. “Existem oportunidades da produção ao consumo. A indústria chocolateira tem interesse em investir. Se aumentarmos em 150 kg/ha, chegando a 450 kg/ha, o impacto seria de R$ 1 bilhão no bolso produtor. É o aumento de produtividade como vetor de gerador de renda”.

O diretor geral do Senar, Daniel Carrara, reiterou que ações pontuais não aumentam a produtividade do cacau no país e que o desafio é mudar a realidade atual. “Se existe a possibilidade de aumentar a demanda mundial por amêndoas, então temos que pensar grande e ir além. Em conjunto, temos condição para ampliar a produção nacional e sermos fornecedores estratégicos no mercado mundial”.

Também participaram da reunião o consultor técnico da CocoaAction Brasil, Vitor Stella, a presidente executiva da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), Anna Paula Lose, o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), Jaime Recena, o vice-presidente da Faeb, Guilherme de Castro Moura, o vice-presidente da CNA, José Mário Schreiner, o presidente do Instituto CNA, Roberto Brant, o diretor técnico, Bruno Lucchi, a diretora de Relações Internacionais, Sueme Mori, o diretor técnico adjunto, Maciel Silva, e o diretor adjunto de ATeG do Senar, Eduardo Gomes.

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