CNA defende sustentabilidade do agro brasileiro no Diálogo Brasil-China

Evento online reúne hoje (20) e amanhã (21), representantes dos governos e empresários para discutir finanças verdes e agricultura sustentável
Brasília (20/05/2021)
– A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirmou, na quinta (20), que a atividade agropecuária tem sido um pilar fundamental para o desenvolvimento sustentável do país no primeiro dia do Diálogo Brasil-China sobre Agricultura Sustentável.
O evento é promovido pelo Conselho Empresarial Brasil-China e Institute of Finance and Sustainability (IFS) e acontece de forma virtual hoje (20) e amanhã (21), reunindo representantes de governos, empresas e think tanks dos dois países para explorar potenciais formas de colaboração em finanças verdes, agricultura sustentável, biodiversidade e economia circular.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, e o ministro da Agricultura da China, Tang Renjian, abriram o evento. O presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Muni Lourenço, participou do painel sobre o tema “Práticas sustentáveis na agropecuária e ações corporativas”.
“O Brasil vem se destacando no cenário mundial como liderança agroambiental, conciliando produção de alimentos e conservação ambiental graças à contribuição dos produtores rurais que produzem alimentos para abastecer a população brasileira e garantir a segurança alimentar mundial sem comprometer o meio ambiente”, afirmou em sua fala.

Lourenço ressaltou que o Brasil construiu um modelo de produção agropecuária em harmonia com o meio ambiente, caracterizado pelo crescimento verticalizado e baseado no aumento da produtividade com uso de tecnologias sustentáveis. Destacou também que o Sistema CNA tem mantido ações e projetos para fomentar as boas práticas agropecuárias.
Ele citou o Plano Nacional de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) como um guia de fomento da agropecuária sustentável no Brasil e incentivo à adoção das tecnologias de baixa emissão de carbono como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), Sistema de Plantio Direto e Recuperação de Pastagens.
“O plano é coordenado pelo Ministério da Agricultura e preconiza a melhoria contínua da eficiência do uso dos nossos recursos naturais e aumento da resiliência dos sistemas produtivos agropecuários e também de comunidades rurais”.
Muni Lourenço disse ainda que o agro brasileiro tem contribuído significativamente com a redução dos gases de efeito estufa e para que o Brasil cumpra com sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) prevista no Acordo de Paris. As metas brasileiras inclui, entre outras ações, acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia, restaurar 12 milhões de hectares de florestas, implementar o Código Florestal e recuperar 15 milhões de pastagens degradadas até 2030.
“No entendimento da CNA, o produtor rural brasileiro é parte significativa da solução para o alcance das metas do Brasil no Acordo de Paris, uma vez que cumpre a legislação ambiental mais completa e rigorosa do mundo. A Convenção Quadro sobre meio ambiente da ONU reconhece que o Brasil pratica um modelo agrícola que conserva recursos naturais, intensifica a agricultura sustentável e se adapta às mudanças climáticas”.
Muni Lourenço reforçou a importância do intercâmbio de experiências e tecnologias, para que o Brasil possa desenvolver uma estratégia que faça essas tecnologias chegarem aos pequenos produtores, além de “massificar a prática da produção sustentável no País”.
Ao longo do debate, os representantes da China apontaram a importância da sustentabilidade para a entrada de produtos brasileiros no país. Ma Jun, presidente do Institute of Finance and Sustainability e moderador do painel, afirmou que financiamentos e acordos de cooperação também são bem-vindos para intensificar a produção agropecuária sustentável no Brasil e que o tema entrará na pauta do Conselho Empresarial Brasil-China.
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