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CNA debate regulamentação trabalhista e Plano Agrícola e Pecuário na aquicultura
Alevino tilapia Wenderson Araujo

Questões sanitárias também estiveram na pauta da reunião da Comissão Nacional de Aquicultura, nesta terça (13)

13 de abril 2021
Por CNA

Brasília (13/04/2021) A Comissão Nacional de Aquicultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu na terça (13) para discutir a regulamentação trabalhista e questões sanitárias do setor, além de propostas para o Plano Agrícola e Pecuário 2021/2022.

A Norma Regulamentadora 31, que trata sobre a segurança e saúde no trabalho no setor agropecuário, e que foi atualizada recentemente pela Portaria nº 22.677 , esteve na pauta do encontro.

Para o presidente da Comissão, Eduardo Ono, a revisão da NR foi fundamental para trazer avanços para o agro. “Houve uma mudança significativa no texto, o que trará alívio para os produtores rurais que sofriam com as interpretações engessadas da normativa e fiscalizações equivocadas”.

O assessor jurídico da CNA, Rodrigo Hugueney, apresentou os principais pontos da nova redação da NR 31, como a redução e a reestruturação dos capítulos para facilitar o entendimento dos auditores, empregadores e trabalhadores, a simplificação da linguagem para o produtor rural e a aplicabilidade somente desta norma para o setor.

A Comissão também discutiu a situação do vírus Necrose Infecciosa do Baço e Rins (ISKNV, sigla em inglês), que infecta répteis, anfíbios, peixes e crustáceos. Segundo o professor de Sanidade de Animais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Henrique César Figueiredo, a doença atinge animais de água doce e marinha.

“O vírus é capaz de se multiplicar em mais de 50 espécies de peixes, incluindo a tilápia. Os alevinos são mais suscetíveis, mas a infecção também pode ocorrer em peixes adultos. As mortalidades relatadas ficam entre 0 e 100%”, disse.

Comissao aquicultura 13 04

O professor citou possíveis ações para reduzir o risco de introdução do vírus no Brasil, como o controle restrito da importação de matrizes de tilápia; fortalecimento dos programas de melhoramento genético da tilápia no país; estabelecimento de um programa mínimo de vigilância para cada alvo; adoção de práticas de biosseguridade na larvicultura e engorda de tilápia e o desenvolvimento de um plano de contingência para o ISKNV.

Para Eduardo Ono, a entrada de peixes, principalmente os ornamentais, no Brasil sem a realização de exames é um risco sanitário para a aquicultura brasileira. “O monitoramento de espécies ornamentais vindas de outros países é um tema importante e que precisa ser discutido”.

Sobre as propostas para o Plano Agrícola e Pecuário 2021/2022, o presidente da Comissão destacou a elevação da taxa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural destinado a atividade aquícola de 45% para 60%. Outras sugestões são a inclusão da safra (plantel em produção) como garantia de empréstimo para custeio e a definição do limite máximo (teto) para garantia real de financiamento para 120% do valor total.

Com relação à desburocratização, a Comissão propõe a inclusão do prazo máximo de 3 meses para análise e emissão de parecer sobre os projetos de financiamentos.

Durante a reunião, o grupo debateu ainda sobre a falta de uma regulamentação para a pequena indústria de beneficiamento de pescado. De acordo com a coordenadora de Produção Animal da CNA, Lilian Figueiredo, atualmente as regras para construir uma indústria de pescado são semelhantes a de um abatedouro de boi, por exemplo, o que inviabiliza financeiramente o início da atividade.

“O objetivo é conversar com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e citar algumas ideias do setor para uma proposta de regulamentação. A reunião deve ocorrer ainda este mês”, afirmou Lilian.

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