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Abrafrutas atua para acessar novos mercados
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13 de fevereiro 2017
Por CNA

Por: Diário do Nordeste

Acumulando a presidência de três entidades nacionais da fruticultura – Comissão Nacional de Fruticultura da CNA, Comitê de Fruticultura do Ministério da Agricultura e Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas (Abrafrutas) – o empresário Luiz Roberto Barcelos, que também é sócio e diretor de Produção da Agrícola Famosa, considera “positivo e promissor” o futuro próximo do setor.
“Estamos trabalhando para acessar novos mercados e aumentar o nosso volume de exportação. Não é tarefa fácil, pois há vários obstáculos, um dos quais, hoje, é a valorização do real, o que dificulta todo o esforço exportador, tirando a rentabilidade do exportador”, salienta Luiz Roberto Barcelos. Além disso, “há a crise de oferta hídrica no Nordeste, limitando e, em alguns casos, impedindo a ampliação da área cultivada”.

Culturas
Na opinião de Luiz Roberto Barcelos, as áreas da fruticultura com melhores expectativas são as de cultivo de limão, mamão, uva, manga, melão e melancia. “São frutas que nos últimos anos têm registrado curvas de crescimento nas exportações. Além disso, são as que, no Brasil, têm um diferencial positivo de competitividade”, acrescenta.

Barcelos chega a sorrir quando é indagado sobre por que o Brasil, um gigante diante do Chile, exporta menos frutas do que o País andino. “O Chile exporta sete vezes mais do que o Brasil. São US$ 4,5 bilhões de exportações anuais chilenas contra US$ 700 milhões do Brasil. O Peru, repare, exporta três mais do que o Brasil”, observa.

Política de governo
O presidente da Abrafrutas faz uma análise: “Essa gigantesca diferença em favor dos nossos vizinhos latino-americanos é resultado de uma política de governo voltada para a promoção desse setor. Abertura de novos mercados; registro de defensivos agrícolas; desburocratização para a importação de novos cultivares, ou seja, de novas espécies; facilitação nos processos de exportação; promoções internacionais; e capacitação dos envolvidos no processo produtivo, tudo isso são alguns dos bons exemplos que o Chile e o Peru vêm desenvolvendo sua própria fruticultura. Algo que, infelizmente, o Brasil não vem fazendo”, conclui Luiz Roberto Barcelos.