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8 de novembro de 2019
Preços dos alimentos no domicílio caem pelo 6º mês consecutivo
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Pelo sexto mês consecutivo os preços dos alimentos consumidos no domicílio apresentaram queda. Depois de cair 0,70% em setembro, a baixa foi de 0,03% em outubro.  Já o IPCA global subiu apenas 0,10%, a menor taxa para meses de outubro desde 1998. (Gráfico 1)

Gráfico 1- Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) Índice Geral e Alimentação no Domicílio – Mensal

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No acumulado de 12 meses o IPCA está em apenas 2,54%, depois de fechar setembro a 2,89%. A expectativa do mercado é que esse indicador encerre o ano em 3,30%, patamar ligeiramente acima do piso da meta de inflação de 2019 (2,75%) e praticamente 1 ponto percentual abaixo do centro da meta, que é de 4,25%. (Gráfico 2)

Gráfico 2- Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) Índice Geral e Alimentação no Domicílio – Acumulado em 12 meses

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Esse ritmo bastante lento de reajuste de preços tem ancorado decisões do Comitê de Política Monetária (COPOM) de alongamento do ciclo de redução da taxa SELIC. Até junho/2019, a expectativa dos agentes do mercado era de que a SELIC encerraria o ano a 6,5%. Contudo, com a divulgação naquele mês, do IPCA de maio/2019 – quando a inflação reverteu sua trajetória – as expectativas para a SELIC também voltaram a cair até a mediana atual 4,5%. Ou seja, como a SELIC está em 5% a.a., o mercado espera uma nova redução de 0,5 p.p. ainda em 2019.

Embora em outubro, a variação dos preços dos alimentos consumidos em casa tenha sido, na média, de apenas -0,03%, alguns produtos apresentaram variações bastante expressivas justificadas por movimentos de mercado detalhados a seguir:  

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Principais Quedas de Preço:

Cebola – A intensificação da colheita no nordeste (Mossoró/RN, Braúna/RN e Irecê/BA) associada a manutenção dos estoques no cerrado (Triangulo Mineiro e Cristalina/GO) contribuíram para a redução dos preços da cebola no último mês.

Mamão – A cotação do mamão segue em queda desde meados de setembro. A redução do preço tem acompanhando a elevação das temperaturas nas principais regiões produtoras, que resulta em maior celeridade na maturação dos frutos e, consequente, ampliação da oferta no mercado nacional.

Cenoura - A cenoura segue a tendência de queda dos últimos meses refletindo as boas condições climáticas que têm promovido ganhos de produtividade e consequentemente da produção, principalmente na região do Triangulo Mineiro e Alto Paranaíba.

Batata-inglesa – A intensificação da colheita da safra de inverno nos principais estados produtores levou à redução de preço nas principais centrais de abastecimento do país.

Principais Altas de Preço:

Carnes – O aumento de 1,77% nos preços internos da carne bovina em outubro está associado ao incremento em 3,1% no preço da arroba do boi gordo. Apesar da estabilidade na demanda doméstica, as exportações cresceram 27,4% frente a setembro, impulsionada pela maior demanda chinesa.

Limão – Com a passagem do inverno, a safra mais forte de limão Thaiti chegou ao fim. Além disso, o clima desfavorável influenciou as atividades de campo e a oferta de frutas no mercado, com volume e qualidade adequada, durante o mês de outubro. Isso promoveu a ampliação dos preços.

Laranja - Com a aproximação do fim da colheita da laranja pera, as cotações estão sendo mantidas pela demanda ainda aquecida por frutas de maior qualidade.

Morango – Após os baixos preços praticados no auge da safra, a recuperação de preços era esperada dada a redução sazonal dos volumes colhidos nas principais regiões produtoras.

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