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Senar participa de debate sobre fortalecimento da assistência técnica e extensão rural no Brasil
Daniel C Ater

Evento contou com a participação do diretor-geral do Senar e da ministra da Agricultura

2 de dezembro 2020
Por Senar

Brasília (02/12/2020) – O diretor- geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, participou de um debate virtual sobre o fortalecimento da assistência técnica e extensão rural no Brasil, na quarta (02).

O evento foi promovido pela Frente Parlamentar da Assistência Técnica e Extensão Rural e contou com a presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e do presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Ademar Silva Junior, além de representantes de entidades do setor e parlamentares.

O objetivo do encontro foi discutir o “Pacto pelo Fortalecimento da Ater”, que prevê medidas para ampliar o serviço de extensão rural em todo o País, e promover a valorização da extensão rural brasileira, que celebra 72 anos no próximo dia 6 de dezembro.

Daniel Carrara destacou que a assistência técnica é uma prioridade para o Sistema CNA/Senar, que desenvolveu a metodologia de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), em 2015, como forma de complementar a formação profissional e garantir renda ao produtor rural. Hoje, o serviço conta com 150 mil produtores em atendimento e oito mil técnicos de campo.

O modelo é baseado em planejamento e indicadores de produtividade e renda. Segundo o diretor-geral do Senar, o objetivo é estabelecer uma nova classe média rural no Brasil e diminuir a “discrepância” que existe no setor.

“Somos parceiros do pacto e, apesar do pouco tempo da ATeG, já temos experiência, inclusive em assistência técnica virtual, pois não paramos durante a pandemia. Fazer com que o pequeno e o médio produtor tenham renda é a nossa palavra de ordem”, disse Daniel Carrara.

Na opinião de Tereza Cristina, a assistência técnica é essencial para levar tecnologia e inovação aos pequenos produtores. Segundo ela, o último Censo Agropecuário indicou que apenas 18% dos agricultores familiares contam com esse tipo de serviço no Brasil.

“É um público muito pequeno frente ao enorme desafio que temos. Precisamos massificar e definir estratégias para atender, principalmente, três milhões de produtores que possuem renda de até R$ 10 mil”.

A ministra destaca a necessidade de regulamentação de leis que criem fontes de recursos para uma assistência técnica de qualidade e continuada, assim como melhorias em conectividade rural e formação de técnicos. Conforme ela, o Mapa vem desenvolvendo algumas iniciativas, como o programa Produzir Brasil, Agro Nordeste, Mais Gestão e Ater Digital, mas somando todos, apenas 251 mil produtores são atendidos atualmente.

Tereza Cristina

Anater – O Ministério da Agricultura é o formulador de políticas públicas e a Anater a responsável por implementar as ações, em parceria com empresas públicas e privadas.

De acordo com o presidente da Anater, Ademar Silva Junior, apesar do orçamento reduzido, a Agência vem conseguindo equilibrar as contas e pagar projetos que estavam pendentes. Com a aprovação do projeto de lei que prevê R$ 500 milhões para a assistência técnica e extensão rural, ele acredita na ampliação das ações e investimentos em tecnologia, conectividade e inovação.

“Estaremos seguros para aplicar, especialmente, em projetos direcionados à agricultura familiar e assentamentos. A coordenação é fundamental para que tenhamos um único lastro de dinheiro e de trabalho”, declarou.

Para o presidente da Frente Parlamentar da Assistência Técnica e Extensão Rural e idealizador do “Pacto pelo Fortalecimento da Ater”, deputado federal Zé Silva (Solidariedade-MG), a assistência técnica e a extensão rural vivem um momento de “sucateamento”, com falta de políticas públicas, equipamentos, estrutura e técnicos.

Segundo ele, o documento prevê sete propostas para o fortalecimento do serviço. Entre elas estão atender dois milhões de produtores até 2023, instituir a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural no Brasil e destinar royalties do pré-sal e da exploração de recursos minerais para a assistência rural.

“É um serviço essencial que vem passando por momentos críticos nos últimos anos. Precisamos de um orçamento definido e previsão de fontes de financiamento. A demanda pelos serviços de assistência técnica e extensão rural estão em constante aumento e a produção rural continua sendo a alavanca da economia no Brasil”.

O debate também contou com a participação do presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, deputado federal Heitor Schuch (PSB-RS), e representantes da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), da Academia Brasileira de Extensão Rural (Aber), da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Assistência Técnica e Extensão Rural e do Setor Público Agrícola do Brasil (Faser), da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Contraf), do Sindicato dos Trabalhadores da Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Sinter-MG) e da Emater-MG.

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