Prosolo incentiva as boas práticas no campo, que contribuem para conservar o solo e a água
O Sistema FAEP/SENAR-PR é um dos apoiadores do projeto
Levantamento da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) indica que 30% das propriedades paranaenses sofrem com erosão. Problema que compromete o solo e prejudica rios e riachos. Para reparar a degradação dessas áreas, foi criado, no ano passado, o Programa Integrado de Conservação de Solo e Água do Paraná (Prosolo). O programa incentiva as boas práticas no manejo do solo e da água, oferecendo suporte técnico para produtores. O Prosolo é um programa da Seab, em parceria com 22 instituições públicas e privadas.
O prazo para a adesão ao Prosolo termina no dia 29 de agosto. Para disseminar o programa, uma série de encontros regionais estão sendo organizados no Estado. Carambeí (nos Campos Gerais) recebeu, no dia 23 de maio, uma dessas reuniões (a primeira foi em Maringá, no Noroeste paranaense). Cerca de 370 pessoas, entre produtores, técnicos e lideranças rurais, participaram do evento realizado na Cooperativa Frísia.
Segundo o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, o solo é o maior patrimônio do agricultor. Além da sustentabilidade econômica e ambiental, é preciso destacar que o produtor que adota as boas práticas de conservação também ganha na produtividade. “Um solo bem cuidado produz mais.”
“O produtor deve usar todas as ferramentas da boa ciência agronômica e executar as técnicas recomendadas”, disse o secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, que também é presidente do conselho consultivo do Prosolo. De acordo com Ortigara, o desafio é conseguir que todos os produtores voltem a cuidar da conservação do solo e da água na propriedade, como forma de repor a fertilidade do solo e garantir renda com o aumento da produtividade.
Para o produtor Luciano Joel Ribeiro de Mattos, de Castro (Campos Gerais, o programa é importante para, além de incentivar a preservação do solo e da água, levar conhecimento ao agricultor. Em sua propriedade de 11 hectares, na qual cria frango de corte, Mattos diz manter uma área de quatro hectares para preservar fontes de água.
Já Valderi Storer, produtor bovinocultura de leite em Ivaí (região Sudeste), reforçou a ideia de que é preciso boas práticas para assegurar um futuro para as próximas gerações. “Temos de plantar coisas boas para os nossos filhos colherem.”
Para aderir ao Prosolo basta procurar um escritório da Emater. Por meio de um Termo de Adesão, o produtor se compromete a elaborar e executar um Projeto Técnico de Conservação de Solo e Água na sua propriedade rural. A adesão ao programa é voluntária, mas o produtor que não seguir o Prosolo e for denunciado à Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) por não cuidar do solo, poderá receber uma multa, que varia de 5 a 17 UPF (cada UPF vale R$ 99,90). O valor da punição depende do tamanho da propriedade,
dos danos causados e da gravidade da situação.
A pesquisa científica aplicada é outro pilar do Prosolo, que envolve 11 universidades e três fundações e instituições de pesquisa. A Chamada Pública n.º 01/2017, lançada em fevereiro pelo governo estadual, incentiva pesquisadores a apresentarem projetos na área de conservação e recuperação de solos, em sintonia com as ações do programa.
Os projetos vencedores terão quatro anos para executar as pesquisas propostas. Os recursos disponibilizados somam R$ 12 milhões, sendo R$ 6 milhões do SENAR/PR, R$ 4 milhões da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e R$ 2 milhões da Fundação Araucária.
O secretário executivo da Rede Paranaense de Agropesquisa e Formação Aplicada e representantes do Sistema FAEP/SENAR, Werner Hermann Júnior, concedeu entrevista ao Canal do Produtor TV sobre o assunto.
Assista:
Assessoria de Comunicação do Sistema FAEP/SENAR-PR
www.sistemafaep.org.br