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Minas Gerais

Produção de manga no Norte de MG ganha reforço com ATeG
Producao de manga no Norte de MG ganha reforco com A Te G DESTAQUE

21 de agosto 2022

Por: SENAR MINAS

Jaíba, Matias Cardoso, Verdelândia e Janaúba compreendem parte do polo de fruticultura do Norte de Minas, que exporta qualidade para diversos estados e países. Nestas regiões, o trabalho de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Fruticultura e do Projeto AgroNordeste tem contribuído para que os fruticultores alcancem novos mercados e ganhem mais produtividade no campo.

O caso de sucesso mais recente é com a manga, uma das frutas mais consumidas no país, e que tem seu próprio grupo de assistência na região. “Estamos no início segundo ano de ATeG, onde estamos atendendo, na grande maioria, pequenos produtores rurais que ainda não tinham acesso a alguns conhecimentos importantes, especialmente por questões financeiras, para que o plantio da manga tenha sucesso. Muitos produtores tinham o hábito de pegar informações com terceiros para irem tocando a produção. A cultura da manga é de um manejo complexo maior. Diferente de outras frutas, que, ao se plantar colhe, com a manga isso pode não ocorrer por demandar uma técnica maior do produtor rural”, explicou o técnico de campo Helisson Xavier.

Producao de manga no Norte de MG ganha reforco com ATeG SENAR MINAS

Crispim Ribeiro do Nascimento faz parte deste grupo de trabalho. Ele, que tem uma propriedade dedicada ao plantio de frutas na cidade de Jaíba, está há seis anos produzindo mangas, mas foi só nos últimos meses que viu a plantação de fato dar certo. Isso porque aplicou uma nova técnica de plantio com a chegada do ATeG e garantiu o aumento da produtividade. Com auxílio do técnico de campo, Crispim fez a floração das plantas antes do período de chuva. “Com o ATeG melhorou muito a produção. Nas duas safras anteriores produzi bem pouco, cerca de uma caixa por pé. Na minha última safra, já com a assistência, foram cerca de três”, afirmou o fruticultor.

Ao todo são 700 pés de manga já plantados e outros 400 esperando processo de indução, fazendo da espécie a maior aposta do produtor. “Antes aqui dava mais certo com outras frutas, como atemoia, pinha, banana e maracujá. Essas duas últimas ainda mantenho um pouco, mas a manga virou o carro-chefe. Antes eu não sabia fazer o manejo, induzir a floração. Era pouco conhecimento. Agora as correções foram feitas. Antes do ATeG eram 300 pés, mas agora a minha produção passou a ser significativa”, destacou Crispim.

Perfil dos fruticultores

Segundo Helisson Xavier, alguns pontos e dificuldades encontradas foram comuns para os fruticultores do grupo, como fazer o processo de florescimento da planta em época ruim. Esse erro de manejo fez com que oito propriedades perdessem 100% da safra, porque floresceu em período chuvoso e os pés foram acometidos por doenças fúngicas.

“O grupo chegou com muitos produtores correndo altos riscos pelo pouco conhecimento técnico da cultura da manga. Até mesmo os que estavam produzindo bem, vinham colocando todo o trabalho em risco constante, colocando a produção em épocas ruins. Eles estavam errando processo de florescimento, e a manga é muito sensível. Com temperatura alta e umidade alta a planta pode vegetar. Então primeiro foi preciso ter essa preocupação de pontuar riscos. Alguns foram obrigados a mudar a época de produção para tornar melhor produtividade. O ATeG vem exatamente para dar este suporte de conhecimento. E, quanto mais conhecimento, mais eles conseguem tomar decisões ajustadas”, pontuou o técnico de campo.

Hildelbrando Rocha Oliveira foi um dos últimos fruticultores a entrar no grupo. Parte da área de plantio dele ainda está em formação, iniciando o ciclo produtivo. A propriedade já tinha pés de manga, mas com os tratos não tão regulares. Na primeira produção com os novos conhecimentos do ATeG, ele conseguiu atingir 30 kg por planta. O restante do pomar vai ter sua primeira produção no em 2023, com boas expectativas.

“Trabalhei muitos anos em fazendas de produção de manga, mas na minha propriedade é a primeira safra. A manga é um investimento para minha aposentadoria. Espero manter a produção ativa para todo ano tirar safra, aproveitando preços. Hoje são 2000 mil pés de manga, com o técnico sempre ajudando, trazendo novidades, unindo conhecimentos”, resumiu Hildelbrando, que atua na propriedade junto ao filho.

Para o restante dos meses de ATeG, a perspectiva é alinhar os fruticultores para um trabalho melhor com o calendário de produção, para manter épocas de colheita e não ter nenhuma perda inesperada.

Projeto AgroNordeste

O projeto é uma iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com o Sistema CNA/SENAR e a ANATER. Em Minas Gerais, o AgroNordeste é desenvolvido pelo Sistema FAEMG em parceria com os Sindicatos Rurais.

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