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Prêmio Brasil Artesanal de Chocolate – Do Canadá a Ilhéus
Cacau do ceu

Marcela Tavares largou a carreira de sete anos no Exército para se dedicar à produção “bean to bar”

4 de outubro 2019
Por CNA

Brasília (04/10/2019) – Em março de 2018, a administradora Marcela Tavares Monteiro, 44 anos, largou a carreira de sete anos no Exército para se dedicar à produção artesanal de chocolate.

“Sou bisneta de cacauicultores e nasci em uma fazenda. Aos 14 anos eu já derretia chocolate, mas só percebi que poderia trabalhar com isso depois de fazer um curso ‘bean to bar’, que é o processo de fabricação do chocolate, desde a amêndoa do cacau até a barra”, disse.

Antes do Exército, Marcela trabalhou em uma empresa de importação por oito anos. Em uma viagem de férias ao Canadá, se apaixonou pelo país e decidiu ficar. “Em 2008 eu estava em um lugar diferente querendo mudar de profissão até que encontrei o curso de chocolate artesanal. No mesmo ano, eu retornei ao Brasil. Em 2011 criei a marca “Cacau do Céu” e montei uma loja em Ilhéus (BA)”.

Até o ano passado, Marcela era militar do Exército e se dividia entre as duas tarefas. “Como eu já tinha a loja e estava conquistando consumidores em Salvador, São Paulo e Curitiba, larguei o outro emprego e agora me dedico 100% ao chocolate e à loja”.

E a aposta da chocolateira deu certo. Marcela é uma das finalistas do “Prêmio Brasil Artesanal 2019 – Chocolate”, promovido pelo Sistema CNA/Senar. “Fiquei sabendo do concurso em grupo de whatsapp. Pra mim já é uma vitória porque cada vez mais as mulheres estão se envolvendo e tocando seu próprio negócio”.

Capacitação – Marcela trabalha com a técnica “bean to bar”, mas pretende lançar uma linha de chocolates “tree to bar” feitos com o cacau da sua fazenda Saudade, em Ilhéus. Para isso, procurou o programa Pro-Senar Cacau, que auxilia o produtor a melhorar a produtividade e rentabilidade do negócio rural.

“Aprendi a fazer o chocolate antes de aprender a cuidar do cacau. Me formei na segunda turma do programa e tive uma direção para trabalhar na atividade, pois o técnico ensina a fazer análise e correção de solo. Hoje meu chocolate é feito com o cacau do produtor João Tavares, da fazenda Leolinda, em Uruçuca (BA). No futuro, o meu cacau também será a matéria-prima do meu produto”, explicou Marcela.

As três produtoras de chocolate vencedoras serão premiadas no dia 9 de outubro, durante o 4º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, em São Paulo. Durante o evento, o público poderá provar, no estande do Sistema CNA/Senar, os cinco chocolates finalistas e votar no que mais gostaram.

O prêmio é uma ação do Programa de Alimentos Artesanais e Tradicionais. Clique aqui para saber mais.

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