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Pesquisa busca soluções para conter erosão no Noroeste
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Região de Arenito Caiuá está mais vulnerável aos processos erosivos devido às características de solo e manejo

26 de outubro 2021

Por: Comunicação Social – Sistema FAEP/SENAR-PR

A perda de nutrientes do solo e sedimentos transportados pela água durante os processos erosivos é o foco da pesquisa conduzida pela Universidade Centro de Ensino Superior de Maringá (UniCesumar), no Noroeste do Paraná. Isso porque a região do Arenito Caiuá está mais suscetível a erosão devido à quantidade reduzida de matéria orgânica no solo – existe um predomínio de partículas de areia – e maior sensibilidade às práticas de manejo convencionais.

O projeto tem duração de quatro anos e faz parte da Rede Paranaense de AgroPesquisa e Formação Aplicada (RedeAgroParaná), que conta com apoio financeiro do SENAR-PR e da Fundação Araucária. O monitoramento será realizado a partir dos eventos de chuva na região, quando houver escoamento superficial da água.

A pesquisa está sendo desenvolvida nas microrregiões de Presidente Castelo Branco, onde há cultivo de cana-de- -açúcar, e de Cianorte, em área de cultivo de mandioca, contemplando a Bacia do Rio Ivaí. No estudo, são analisadas as áreas de propriedade rural e os manejos aplicados na agricultura local pelos produtores. A partir disso, a meta é definir critérios para propor soluções práticas para a conservação, visto que o manejo incorreto pode estimular vários processos de desagregação do solo e consequente erosão pela água da chuva.

Segundo o coordenador da pesquisa, Edison Schmidt Filho, por meio do monitoramento hidrológico, seu efeito sobre a formação de sedimentos e a redução da qualidade da água também será possível demonstrar a importância da utilização dos terraços como prática para diminuir o problema de erosão na região.

“Com o levantamento dos dados das duas microrregiões, poderemos estabelecer uma comparação entre os aspectos físicos, químicos e biológicos no solo e na água, o que vai melhorar as soluções para toda a região Noroeste. Os produtores rurais carecem de informações para os problemas locais e vão poder contar com informações atuais das investigações que estão sendo conduzidas, afim de minimizar o risco de ocorrer erosão”, destaca.

No projeto também ocorre o monitoramento de outros atributos de conservação do solo, impactados pelo processo de erosão e arraste de partículas de solo pelas enxurradas. “Na análise química, por exemplo, estamos buscando quantificar a perda de nutrientes, como potássio, cálcio, magnésio e fósforo, que trazem prejuízos econômicos aos produtores rurais pela perda significativa de solo”, afirma o pesquisador.

Ainda segundo Schmidt, é importante ter conhecimento de todos os atributos do solo para desenvolver uma prática de manejo adequada à realidade local, aliando o manejo conservacionista do solo, a adaptação da cultura e o trabalho do produtor rural.

Apesar dos obstáculos ocasionados pela crise hídrica para a condução da pesquisa, as perspectivas são promissoras. “É um dos projetos mais importantes de conservação do solo que o Noroeste já recebeu, o que aumenta nosso desafio e responsabilidade com a sociedade e com as pessoas envolvidas nesse contexto”, avalia. “Esse estudo vai possibilitar a descoberta de alternativas que sejam viáveis para o produtor rural aplicar no solo e melhorar sua qualidade, para que consiga aumentar a produtividade e ter mais qualidade de vida”, conclui Schmidt.

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