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Núcleo de Cadecs define nova diretoria e traça planejamento estratégico
Colegiado prevê novidades no levantamento dos custos de produção. Comissão Técnica de Suinocultura também define prioridades
O Núcleo de Cadecs do Paraná – que reúne representantes das Comissões de Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs) do estado – definiu, nesta quinta-feira (9), os membros da diretoria que vão representar o colegiado pelos próximos dois anos. Além disso, o grupo também definiu o planejamento estratégico para este ano, que prevê novidades no levantamento dos custos de produção da avicultura e da suinocultura.
“Sempre pensei, desde a criação do Núcleo de Cadecs, que para estejamos mais unidos, precisamos nos envolver mais. É a única forma de conquistarmos mudanças”, disse o presidente reeleito do colegiado, Carlos Bonfim. “Faço um pedido para que a gente torne esse grupo mais ativo, mais presente, para que consigamos ter respostas firmes”, acrescentou.
Criadas a partir da Lei 13.288/16, as Cadecs são comissões formadas por produtores rurais e por representantes da agroindústria, com o objetivo de estabelecer equilíbrio e harmonia nas negociações em cada unidade de integração. No Paraná, o modelo é adotado entre avicultores e suinocultores, que atuam em integração com agroindústrias. O Núcleo de Cadecs, por sua vez, reúne representantes de todas as comissões, com o objetivo de compartilhar experiências e informações, além de uniformizar ações, pensando em estratégias em âmbito estadual.
Além de Bonfim, foram eleitos: Miguel Thomas, como vice-presidente; e os diretores Carlos Spoladore, Carlos Eduardo Maia, Edenilson Copini e Geni Inês Bamberg. O Núcleo conta com assessoramento de técnicos do Sistema FAEP/SENAR-PR, como Nicolle Wilsek (suinocultura), Fábio Mezzadri (avicultura), Ruan Schwertner (jurídico) e Jefrey Albers (assessoria econômica).
Plano estratégico
Entre as definições para o planejamento estratégico anual, está o levantamento dos custos de produção da avicultura e da suinocultura por unidade de integração. A ideia é que a apuração local seja feita, inicialmente, de forma experimental. A compilação e análise dos dados, que hoje são feitas de forma regionalizada, continua – mantendo a série histórica. Outra novidade é que o Núcleo deve promover reuniões periódicas com todas as Cadecs de uma mesma empresa.
Além disso, o planejamento estratégico do grupo contempla a continuidade dos cursos voltados a coordenadores e membros das comissões. Com duração de um dia, cada módulo é independente, voltado a habilitar os produtores a negociar de igual para igual com as agroindústrias. Entre os títulos, há técnicas de negociação e noções de legislação aplicadas às Cadecs.
Suinocultores também elegem prioridades
A Comissão Técnica de Suinocultura da FAEP também se reuniu nesta quinta-feira e elencou prioridades para o ano. Entre os temas estratégicos, os produtores paranaenses deram evidência ao bem-estar animal, à sanidade e à biosseguridade. A cadeia produtiva também deve articular uma campanha que amplie o valor agregado à produção.
Os suinocultores também debateram a conjuntura da atividade, que vem sendo marcada pelos altos custos de produção. O descompasso tem sido tão agudo, que muitos produtores – principalmente os independentes – se viram obrigados a deixar a atividade. Em razão das dificuldades, o entendimento é que a categoria deve se unir ainda mais.
“O mercado continua desafiador. Em razão do atraso na colheita de soja, já houve bastante cancelamento de milho safrinha. Isso preocupa, porque [o milho] é o principal nutriente dos animais. Falam-se em aumentos das exportações, mas, por outro lado, o mercado interno ainda está muito retraído”, disse a presidente da comissão, Deborah de Geus.