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Investimentos e políticas públicas podem melhorar conectividade no campo
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Avaliação foi de especialistas, parlamentares e autoridades do governo em seminário na CNA

11 de março 2020
Por CNA

Brasília (11/03/2020) – Parceria entre setores público e privado, investimentos e políticas públicas são algumas das principais alternativas para melhorar a conectividade no campo, avaliaram especialistas, parlamentares e autoridades do governo durante o seminário Conectividade no Campo: Desafios, Oportunidades e Soluções, na quarta (11).

O evento foi promovido pelo Sistema CNA/Senar, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e Estadão, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília. O presidente da CNA, João Martins, fez a abertura do evento.

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Os debates ocorreram em dois painéis. O primeiro abordou casos de sucesso sobre a conectividade, com representantes das empresas Jalles Machado, São Martinho, Grupo Schenkel e da Embaixada da Índia.

“Discutir o agro e a conectividade é algo que coloca o tema em cena porque precisamos de políticas públicas bem estabelecidas, de apoio das instituições e das empresas para criar um ecossistema trará benefícios para o setor”, afirmou Éder Fantini Junqueira, gerente de Tecnologia da Informação da empresa Jalles Machado.

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“A Jalles vem fazendo todo um trabalho de conectividade no campo. Criamos aplicativos e software para nossa gestão agroindustrial e agora estamos trabalhando em uma área de controle para conectar as máquinas e, consequentemente, analisar as informações que são geradas e utilizar tudo que for possível no campo”, ressaltou.

O segundo painel sobre “Agronegócio e Tecnologia: Desafios e soluções para o futuro” reuniu parlamentares e representantes do Executivo, que discutiram a criação de políticas públicas para conectividade, a aprovação de projetos que estão em tramitação no Congresso Nacional e ainda as ações que o governo está desenvolvendo na área.

Hélio Fonseca, gerente de Projetos do Departamento de Banda Larga do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, elencou alguns projetos que o órgão está fazendo, como o edital do leilão de frequência 5G e a utilização de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) na modalidade reembolsável e não reembolsável e também como fundo garantidor de crédito dos provedores regionais.

“São vários mecanismos que o ministério tem trabalhado em parceria com o setor privado e a Anatel, que é a agência reguladora do setor, para levar conectividade ao campo e massificar o acesso à internet no meio rural.”

Segundo Fonseca, o leilão 5G está com edital em consulta pública e deve acontecer até o final do ano. “Intenção é gerar um equilíbrio entre os operadores no Brasil. Ou seja, ter uma localidade que eles vão aferir maior rentabilidade, mas ao mesmo tempo, com alguma obrigação de atendimento que pode ser, inclusive, de áreas rurais remotas ou longínquas.”

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O vice-presidente da CNA e presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), deputado José Mário Schreiner, afirmou que “o agro evoluiu graças à pesquisa e à inovação, mas para continuar avançando e aumentar a competitividade do setor é necessário avançar também com a conectividade no campo”.

De acordo com o Censo Agropecuário 2017, o Brasil tem 3,6 milhões de propriedades rurais sem qualquer tipo de conectividade. Para a CNA, esse cenário impacta diretamente no gerenciamento da propriedade.

“Os elos das cadeias produtivas que ficam perto da cidade tem certa conectividade, mas o elo produtor rural que fica distante dos centros urbanos não tem e esse é o grande gargalo. Então, o esforço institucional que estamos fazendo aqui é justamente para levar conexão para o produtor rural dentro da porteira”, afirmou o coordenador técnico do Instituto CNA, Joaci Medeiros, que apresentou as ações do Sistema CNA/Senar em conectividade.

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“Nós realizamos testes de campo e agora estamos trabalhando na busca por melhores preços, especialmente com relação a satélites, porque cerca de 90% desses que não estão conectados têm área de até 100 hectares, ou seja, são pequenos e médios produtores que não tem conexão alguma. Enxergamos na conexão por satélite uma solução simples e viável, desde que o preço esteja acessível a esse público”, ressaltou.

Além dos painéis, o seminário discutiu a importância da conectividade e aplicação das tecnologias no aumento da produtividade durante palestra do presidente da Embrapa, Celso Moretti. De acordo com ele, a expectativa é que a demanda mundial por alimentos cresça 35%. A projeção de aumento da procura por energia é de 40% e por água de 50% nos próximos 30 anos. Por isso, “o Brasil precisa fazer um grande esforço para aumentar a conectividade em todos os rincões do País”.

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Também participaram dos debates a senadora Daniella Ribeiro (PP/PB), presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado Federal, e os deputados Zé Silva (Solidariedade/MG) e Vinicius Poit (Novo/SP).

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