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Dia de Campo virtual apresenta resultados do “Forrageiras para o Semiárido” em MG
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Experimentos foram realizados nos municípios de Montes Claros e Carlos Chagas

20 de maio 2021
Por Instituto CNA

Brasília (20/05/2021) – Os resultados dos experimentos realizados em Minas Gerais do projeto “Forrageiras para o Semiarido” foram apresentados na quinta (20), em mais um Dia de Campo Virtual promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

A iniciativa é uma parceria com a Embrapa para desenvolver espécies adaptadas ao clima seco da região como alternativas de alimentação e nutrição para a pecuária no Nordeste e norte de Minas Gerais.

As pesquisas em Minas foram nas Unidades de Referência Tecnológica (URTs) de Montes Claros e Carlos Chagas, onde foram anunciadas as espécies que melhor se adaptaram às condições climáticas do semiárido desde o início do projeto, em 2017, e que terão, na segunda etapa do projeto, testes de resistência com o pisoteio dos animais. Serão avaliadas gramíneas perenes para formação de pastos, gramíneas anuais para silagem, cactáceas para reserva estratégica e as lenhosas como opção de proteínas.

“Esse projeto é um passo real no sentido da solução dos problemas do semiárido. Vimos as espécies que melhor se adaptaram e agora vamos para uma segunda fase, que é colocar essas forragens sob o pisoteio de animais para indicar aos projetos de assistência técnica os materiais que permitirão ao produtor ter mais renda”, disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões.

Montes Claros - Inêz Silva, técnica-responsável pela URT de Montes Claros, apresentou os resultados dos experimentos. Segundo ela, as pesquisas foram feitas em quatro estações. Na primeira, houve o plantio de gramíneas anuais, utilizadas como reserva estratégica de silagem, onde foram testadas seis forragens, das quais dois tipos de sorgo, dois tipos de milho e dois milhetos.

A variedade com melhor desempenho foi o Sorgo BRS 658, com produtividade média de 24 toneladas de massa seca/ ha /ano, seguida por Sorgo Ponta Negra (22 ton/ ms / ha /ano), Milho BSR 2022 (11 ton/ ms / ha /ano), Milho Gorutuba (8 ton/ ms / ha /ano), Milheto IPA Bulk (7,5 ton/ ms / ha /ano) e Milheto BRS 1501 (6,7 ton/ ms / ha /ano).

Para as gramíneas perenes foram analisadas seis variedades com destaque para: Capim Andropogon com produção de 10 ton/ms/ha/ano. Já os capins Piatã, Tamani e Massai produziram 7 ton/ms/ha/ano, e por fim o Corrente e Búffel Áridus com 5 ton/ms/ha/ano. Entre as cactáceas, os melhores desempenhos foram : Palma Orelha de Elefante Mexicana (19 ton/ms/ha/ano), Palma Miúda (15,5 ton/ms/ ha /ano), Ipa Sertânia (15 ton/ms/ ha / ano) e Palma Gigante (11 ton/ms/ha/ ano).

Entre as lenhosas, usadas para formar bancos de proteínas, fornecer sombra aos animais e fixar nitrogênio no solo, os melhores resultados foram para a Leucena (3,47 ton/ms/ha/ano) e Gliricídia (2,82 ton/ms/ha/ano).

Carlos Chagas – O responsável técnico pela Unidade de Carlos Chagas, Cláudio Hollerbach, apresentou os resultados obtidos na sua URT. No local, foram avaliadas seis gramíneas anuais (dois milhos, dois milhetos e dois sorgos). O Sorgo Ponta Negra teve produtividade média de 31,7 toneladas de massa seca por hectare/ano. Na sequência, aparecem o Sorgo BRS 658 (21,2 ton/ms/ha/ano), Milho BRS 2022 (13,5 ton/ms/ha/ano), Milheto Ipa Bulk (10,8 ton/ms/ha/ano), Milheto 1501 (8,9 ton/ms/ha/ano) e Milho Gorutuba (7,8 ton/ms/ ha /ano).

Entre as gramíneas perenes, as espécies que melhor se adaptaram ao clima e solo na região, com maiores índices de produtividade foram o Capim Andropogon, com 43,2 toneladas de massa seca por hectare/ano. Depois vem o Capim Piatã, com 35,2 toneladas de massa seca por hectare/ano. Na sequência estão: Búffel Áridus (30,4 ton/ms/ha/ano), Massai (28,1 ton/ms/ ha /ano) e Tamani (24,4 ton/ms/ ha /ano).

A pesquisa avaliou também as cactáceas com melhor desempenho, que foram a Palma Miúda (29,5 ton/ms/ha/ano), Ipa Sertânia (25,2 ton/ms/ha/ano), Orelha de Elefante Mexicana (23,3 ton/ms/ha/ano) e a Palma Gigante (17,1 ton/ms/ha/ano). Para o caso das leguminosas, a Gliricídia teve produtividade de 14,5 toneladas de massa seca por hectare/ano, enquanto a da Leucena foi de 8,26 toneladas de massa seca por hectare/ano.

Na sequência, os dois responsáveis técnicos e a chefe-geral da Epamig Norte, Leidy Rufino, responderam a perguntas dos participantes do Dia de Campo. Produtores também prestaram depoimentos relatando a experiência com o projeto, que teve o apoio do Sistema Faemg/Senar e dos sindicatos de produtores rurais dos municípios.

O Dia de Campo de Minas Gerais foi o segundo encontro para apresentar os resultados de quatro anos de pesquisas. Hoje também serão conhecidos os resultados de Alagoas e Piauí. Nas duas próximas quintas-feiras, prosseguem os encontros para mostrar como foram os desempenhos dos outros estados.

Veja o Dia de Campo

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