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CNA promove seminário sobre oportunidades comerciais para empreendedoras na China
Agro BR Mulheres

Encontro virtual do Agro.BR Mulheres aconteceu na quarta (27)

27 de março 2024
Por CNA

Brasília (27/03/2024) – Mais de 30 mulheres participaram do Seminário China, promovido pelo programa Agro.BR Mulheres da CNA, na quarta (27), que trouxe informações sobre o mercado chinês e as oportunidades de negócios para as empreendedoras brasileiras no país asiático.

O encontro teve apresentações com mulheres especialistas nesse mercado, como a representante da CNA em Shangai, Camila Chen. Ela falou sobre empreendedorismo feminino na China e a evolução da independência econômica e social das mulheres no país.

Camila explicou que as mulheres mudaram de patamar e hoje somam mais de 150 milhões no setor agropecuário chinês, sendo a principal força de trabalho em gestão de negócios no campo.

“O desenvolvimento da China não seria possível sem a força de trabalho das mulheres,” disse.

Claudia Trevisan, diretora do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), abordou o desenvolvimento econômico da China e as mudanças nas formas de comercialização e de consumo.

Ela explicou que, atualmente, a China está passando por uma transformação do seu modelo de crescimento econômico, saindo de um crescimento anual de 10% para 5% ou menos.

“A China tem uma economia de 18 trilhões de dólares e crescer 5% com uma economia como essa não é um crescimento desprezível. Os chineses querem criar novos modelos de crescimento para substituir o da construção civil e descarbonização, sustentabilidade e emergência climática são questões centrais nesse novo modelo”.

Para a diretora, nesse novo modelo e, devido ao tamanho do mercado chinês, há muitas oportunidades para os produtos brasileiros, principalmente os diferenciados e de maior valor agregado.

“Mesmo com a desaceleração, a China vai continuar crescendo. A renda per capta vai continuar crescendo e com isso vem uma demanda por consumo de produtos mais sofisticados. Os exportadores brasileiros precisam desenvolver estratégicas para aproveitar essas oportunidades que não são poucas”.

Claudia observou que há uma necessidade de desenvolver a marca Brasil na China.

“Falta essa construção da imagem do Brasil que também produz bens de consumo de alta qualidade e com sustentabilidade. Exportar commodities é muito importante, mas o Brasil tem um potencial muito grande para a agroindústria principalmente nesse novo momento do país. Produtos acabados tem muito espaço para consumo de nichos que podem ser explorados por meio do e-commerce”.

Em relação ao e-commerce, a assessora de Relações Internacionais da CNA, Rita Padilla, citou as iniciativas do programa Agro.BR para auxiliar os empreendedores do agro brasileiro a exportarem, como o Programa de Aterrissagem com foco no comércio eletrônico, lançado em 2023.

Outra especialista ouvida, Thaís Moretz, destacou como as empreendedoras podem abrir uma empresa no país e o cuidado que devem ter com a sua marca para evitar fraudes.

Thaís trouxe o case da Starbucks na China, empresa gerenciada por uma mulher no país, e frisou a importância de se entender mais a cultura e as necessidades do consumidor local, “para daí começar a ficar mais confortável para fazer negócio com o chinês”.

Ela ressaltou que as mulheres brasileiras têm características importantes para acessar o mercado chinês porque elas pensam estrategicamente e nos detalhes. “A China é um excelente mercado para mulheres”.

Rita Padilla, que conduziu o encontro, afirmou que, com a ajuda do programa Agro.BR , cada vez mais as mulheres estão alcançando novos mercados e abrindo portas para mais mulheres.

Saiba mais sobre o Agro.BR , acesse: https://cnabrasil.org.br/projetos-e-programas/agro-br

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